Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A TUTORIA DO PRÓ-SAUDE / PETSAÚDE – RAS: REDE CEGONHA NO MUNICIPIO DO PACATUBA, CE COMO UMA EXPERIÊNCIA TRANSORMADORA
Eddie William de Pinho Santana, Glaucia Posso Lima

Última alteração: 2015-11-03

Resumo


O Pró-Saúde foi lançado em 2005 como uma ferramenta da reorientação curricular da formação dos profissionais que atuam na saúde, de modo a capacita-los de maneira mais adequada a atender as demandas do Sistema Único de Saúde, notadamente no que tange a Atenção Básica em Saúde. Seu eixo norteador é tripé: ensino-serviço-comunidade, caracterizado como instrumento para a qualificação em serviço dos profissionais de saúde e vivências direcionadas aos estudantes dos cursos de graduação na área da saúde, tendo como fio condutor a integração dessas três esferas. Como uma ação afirmativa desse programa surgiu, em 2010, o PET-Saúde, visa o fortalecimento de áreas estratégicas para o SUS, de acordo com seus princípios e necessidades, disponibilizando bolsas como incentivo ao estudo e a produção científica. Um dos pontos fortes dessa estratégia de formação dos profissionais da saúde são as práticas integrativas no âmbito da saúde oportunizadas pela interação e integração entre os diversos atores sociais envolvidos na pratica do cuidado em saúde. Essas vivências são de grande valia, permitindo a troca de conhecimentos e praticas, através do contato entre professores, alunos, preceptores e usuários do SUS, dentro do contexto da realidade doterritório e da rotina dos diversos serviços de saúde. No presente trabalho, venho relatar os dois anos de experiência com tutor do Projeto PRO/PET- RAS: Rede Cegonha, desenvolvido pela UECE e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de PACATUBA-CE. O projeto foi desenvolvido em quatro unidades básicas de saúde da família; uma unidade hospitalar e na gestão (SMS). A UBSF é porta de entrada para as gestantes e crianças menores de dois anos na Atenção Primária.  A Unidade Hospitalar recebe e atende a população materno-infantil; gestantes e crianças.  A equipe foi composta por mim (professor tutor), seis preceptores e 12 estudantes bolsistas de oito cursos da saúde (medicina, enfermagem, biologia, nutrição, educação física, psicologia, veterinária e serviço social) da nossa universidade. Inicialmente, foi feito o levantamento dos dados demográficos e epidemiológicos e de acompanhamento. Depois, foi realizada a observação participante, com utilização de diário de campo, nos locais de atendimento ao grupo materno-infantil. Finalmente realizaram-se as entrevistas com usuárias e profissionais acerca da percepção em relação à rede de atenção em saúde para o grupo materno-infantil. Durante esses dois anos vivenciamos muitos desafios, mas também obtivemos muitas conquistas, principalmente d e cunho pessoal e profissional. Por um lado tivemos grandes dificuldades, tais como a incompatibilidade dos horários do serviço com a disponibilidade dos alunos, a distância entre Pacatuba e Fortaleza, a estrutura precária de algumas unidades e a falta dos recursos financeiros previstos no projeto. Entretanto ganhamos muito mais, não só com a experiência em pesquisa, mas também tivemos a vivencia da realidade do SUS, e principalmente aprendem a conviver com diferentes áreas da saúde e com as dificuldades encontradas pelos profissionais que atuam na saúde do município. É muito gratificante para mim, como educador e como pessoa, ver a transformação dos “meus” alunos e dos preceptores em uma equipe unida e depois em uma grande família.

Palavras-chave


Tutoria; PET Saúde/RAS; Experiência transformadora

Referências


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica. Série A. Normas e Manuais Técnicos. 200p. 2010.

Brasil, Ministério da Saúde, Portaria Interministerial,1.802.Brasil.2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, a Rede Cegonha.