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APRESENTAÇÃO: Oferecer aos usuários de saúde mental uma assistência pautada na integralidade e na humanização deve ser um dos principais objetivos nos serviços de atenção a esses usuários, um cuidado efetivo é construído quando lança-se mão de diferentes conhecimentos e recursos para atender as necessidades singulares dos sujeitos. Nesse contexto a educação em saúde é um trabalho que atua sobre o conhecimento pré-existentes, estimulando a capacidade crítica e de intervenção sobre suas vidas e sobre o ambiente onde estão inseridos. Entretanto, é comum que ações de educação em saúde sejam voltadas apenas aos transtornos mentais e a dependência química, devido a esta ser a demanda mais urgente dos usuários, fazendo que noções básicas de saúde e auto-cuidado não sejam tão estimuladas. Levando em consideração este panorama, o objetivo deste trabalho é fazer um relato de experiência de um grupo de educação em saúde, realizado com usuários de um CAPS II. METODOLOGIA: O Grupo de Educação em Saúde teve início em agosto de 2015, participam uma fisioterapeuta e uma professora de educação física residentes, um acadêmico de enfermagem, os usuários que se mostrarem interessados e os demais profissionais do serviço. Será relatada a experiência obtida onde abordou-se o tema “saúde”, iniciou-se através de uma conversa, onde cada um falou sobre sua concepção de saúde contribuído na formação de um conceito amplo de saúde, em seguida os usuários foram instigados a falar sobre as condições de vida que estão associadas a saúde, onde a higiene foi citada, assim falou-se sobre noções básicas de higiene e lavagem de mãos, ao final realizou-se uma prática com todos os usuários, onde após pintarem suas mãos, foram vendados e deveriam fazer a lavagem das mesmas. RESULTADOS: Pode-se observar interesse significativo dos usuários pelo tema abordado, quando tratou-se da definição de saúde foi notável a associação que ainda existe entre saúde e ausência de doenças, porém a medida que as falas foram progredindo, os usuários foram tornando dessa definição mais abrangente. Demonstravam ter algum conhecimento quanto noções básicas de higiene embora não as aplicassem integralmente. Durante a prática todos os usuários deixaram partes com tinta mesmo após a lavagem, o que evidenciou os locais em que demandaram menor atenção, e permitiu que houvesse a discussão sobre a sujeira que não é visível, discussão que partiu de uma usuária ao se referir a bactérias. Nos dias conseguintes os usuários questionaram aos profissionais se estavam fazendo a lavagem de mãos corretamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Intervenções como a relatada neste trabalho podem ser de grande valia aos usuários de saúde mental, que passam de expectadores a protagonistas de seu tratamento. Além disso, possibilita a disseminação das informações, atingindo familiares, amigos e companheiros, o que é outro ponto positivo, também é de grande aprendizado aos profissionais, já que há uma troca constante de saberes.

Saúde Mental; Educação em Saúde; Saúde.