Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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VULNERABILIDADE AO USO DE ÁLCOOL ENTRE ACADÊMICOS, DE CURSOS DAS ÁREAS DE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E BIOLÓGICA, DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL
Greice Cristine Schneider, Shayane Luiza Rebelatto, Lucimare Ferraz

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: O álcool é uma das drogas lícitas, que tem exibido um aumento de consumo nas últimas décadas e se apresenta como fator de risco para várias doenças. Nesse contexto os estudantes universitários representam um grupo vulnerável para o consumo dessa e de outras substâncias psicoativas pois o estilo de vida, e o meio em que estão inseridos se tornam fatores de grande influência e estímulo para o consumo. A presente pesquisa tem por objetivo analisar a dinâmica do uso de álcool entre os acadêmicos, de cursos das áreas de ciências humanas, exatas e biológica, de uma universidade do Sul. METODOLOGIA: Estudo descritivo transversal, realizado com os acadêmicos do curso de medicina, direito e engenharia civil, de uma Instituição de Ensino Superior (IES) da região sul do Brasil. A pesquisa foi realizada por meio de um questionário estruturado aplicado a todos os acadêmicos que não se enquadravam nos critérios de exclusão. Os dados tiveram análise por técnica descritiva. RESULTADOS: No presente estudo observou-se que a prevalência do uso de álcool na vida dos universitários foi de 95 % entre os estudantes entrevistados. Em relação ao sexo dos indivíduos entrevistados não houve diferença significativa em relação ao consumo de álcool, sendo que 95,4% dos homens e 94,8% das mulheres já experimentaram álcool alguma vez na vida. Quanto ao curso, a frequência do consumo de álcool se apresenta de maneira geral mais prevalente no curso de Medicina. Aproximadamente 34,5% dos acadêmicos de Direito e de Engenharia consomem álcool diariamente, enquanto que essa prevalência sobe para 46,5% entre os acadêmicos de Medicina. Além disso, apenas 6,1% dos alunos de medicina nunca experimentaram álcool, já 21,5% e 17,9% dos estudantes de Direito e Engenharia respectivamente nunca ingeriram álcool. Quando questionados quanto a frequência com que fazem uso de bebidas alcoólicas os universitários entrevistados relataram uma prevalência de 38,5% de consumo semanal de álcool, enquanto que 21,9 % consomem álcool mensalmente e 2,5% diariamente ou quase todos os dias. Tanto os homens como as mulheres apresentam maior prevalência de consumo semanalmente, porém apenas uma entrevistada (0,6%) relata que ingere álcool diariamente ou quase todos os dias, enquanto que nos homens essa prevalência aumenta para 4,7% (n = 6). Contudo, houve um maior número de estudantes 36,2% que declararam ter consumindo álcool duas a quatro vezes por mês e 22,4% se declararam abstinentes nos últimos 12 meses, o que indica uma prevalência de baixo risco entre os estudantes avaliados. Entretanto, 17,1 % se enquadraram no grupo de risco, e 0,6% apresentaram provável dependência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo mostra que a prevalência do uso de álcool entre os universitários é alta, o que evidencia a necessidade de estratégias que visem conscientizar esses acadêmicos para as consequências bem como os respectivos riscos do uso de bebidas alcoólicas.

Palavras-chave


Bebidas alcoólicas; Universidades; Prevalência.