Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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POR UMA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM TRANSPLANTES: A EXPERIÊNCIA DO CEARÁ
Rosangela Gaspar Cavalcante, Eliana Régia Barbosa de Almeida, Mônica Maria Paiva Lima, Sheila Cyrino Câmara, Rita Maria de Oliveira Forte, Tânia Maria Vasconcelos de Morais, Ana Isabel Lima Nogueira, Tatiane Maia de Melo

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: o Programa de Transplante Brasileiro tem o maior investimento de recursos públicos do mundo. É o nosso Sistema Único de Saúde - SUS que retira da fila de espera milhões de pacientes anualmente, possibilitando uma nova vida, que apesar de ser uma alta complexidade em saúde necessita da solidariedade humana para ser efetivado. E para além da importância da capacitação permanente dos profissionais que compõem o Sistema Estadual de Transplantes, da sociedade em geral, de estudantes, grupos religiosos, trabalhadores, conselheiros de saúde, percebeu-se com a construção do Programa de Educação Permanente em Transplantes do Estado do Ceará, articulado com a Política de Educação e Desenvolvimento para o SUS do Estado e coordenado pela Central de Transplante do Estado, a necessidade de inclusão de capacitação dos profissionais das equipes de saúde da família, visto que a maioria dos diagnósticos que levam a necessidade desta terapêutica serem evitados com o controle de algumas doenças. Desta forma, o presente trabalho pretende descrever o processo participativo de construção de uma proposta de educação cujo tema deve ser melhor compreendido por toda a sociedade para o fortalecimento de uma cultura da doação de órgãos e tecidos para fins de transplantes, pois qualquer pessoa poderá estar um dia em um dos lados:  de receptor ou de doador. METODOLOGIA: com a realização da primeira oficina realizada em setembro de 2012, que contou com a participação de todos os atores envolvidos na área de transplantes, ou seja: profissionais dos centros de transplantes, de comissões hospitalares de transplantes, de organizações de procura de órgãos, de serviços de saúde de apoio, de representantes das associações de pacientes transplantados, de hepatites, de hipertensão, de diabetes, onco-hematológico e de familiares de pacientes transplantados foram definidos o esboço de como deveria ser o programa com os objetivos, a destinação das ações, o funcionamento, as estratégias educacionais e o papel das instituições e organizações. Posteriormente foi criada uma comissão de coordenação do processo que acompanha e participam dos cursos, encontros, oficinas e campanhas em prol da doação de órgãos no Estado. RESULTADOS: Durante os anos de 2013 e 2014 com as ações educativas intensificadas na capital Fortaleza e a expansão das mesmas para a Região do Sertão de Sobral e Região do Cariri observou-se a consolidação dos avanços das doações de órgãos e tecidos no Estado do Ceará que o colocou em destaque nacional entre os quatro Estados Brasileiros com maior número de doadores por milhão da população, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes – RBT da Associação Brasileira de Transplantes – ABTO. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O Programa de Educação Permanente em Transplantes, coordenado pela Central de Transplantes do Estado ainda necessita formalizar a sua criação como uma experiência exitosa na formação dos profissionais e sensibilização da sociedade e superar a distância que persiste entre a atenção primária e atenção hospitalar para garantir a integralidade da assistência à saúde aos usuários.

Palavras-chave


transplantes; doação de órgãos; educação permanente; integralidade da assistência à saúde.