Tamanho da fonte: 

APRESENTAÇÃO: A organização mundial de saúde classificou em 1996 as práticas no cuidado ao parto em diversas categorias, desde aquelas extremamente recomendadas até aquelas que deveriam ser suspensas.  A categoria C contempla práticas que ainda precisam de maiores evidências científicas que avaliem a efetividade e eficácia de seu uso, as quais são seis no total. Objetiva-se neste estudo expor as últimas evidências de duas destas práticas: ruptura artificial de membranas ou amniotomia e uso rotineiro de ocitocina. METODOLOGIA: Revisão de literatura realizada na base de dados Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (Lilacs) e no Repositório Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Foram selecionados artigos em inglês, português e espanhol dos últimos cinco anos.  Para a busca, utilizou-se as palavras chave: trabalho de parto induzido, ruptura artificial de membranas e Ocitocina. RESULTADOS: Mediante a busca na base Lilacs encontrou-se 71 estudos, sendo: 8 artigos acerca de ruptura artificial de membranas, 27 sobre trabalho de parto induzido e 36 acerca do uso de ocitocina. No repositório Scielo foram encontrados 30 estudos, sendo: 5 artigos sobre trabalho de parto induzido e 25 sobre o uso de ocitocina. Deste total, foram selecionados 5 estudos para análise. Acerca da prática da amniotomia, estudos evidenciaram a alta prevalência de uso desta prática apesar da falta de evidência para a mesma. Entretanto, não encontraram-se evidências de complicações associadas ao uso da amniotomia em conjunto com outras práticas. Com relação à aplicação de ocitocina para indução do parto, constatou-se que seu uso mostrou-se benéfico quando usado em pequena quantidade, sendo a maior evidência encontrada em países de baixa renda. A integração dos profissionais de saúde (médico, enfermeiro) e doula foi associado a redução do uso de ocitocina e da prática de amniotomia, o que sugere a importância da equipe multidisciplinar na redução de intervenções durante o parto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nesse estudo foi possível reafirmar a carência de pesquisas a respeito de práticas ainda não esclarecidas cientificamente, apesar de estas terem sido categorizadas pela OMS há 18 anos atrás, e que são praticadas rotineiramente durante o parto vaginal. A maioria dos artigos mostrou a alta prevalência tanto da amniotomia como do uso da ocitocina para indução do parto. Entretanto, os estudos encontrados não são passíveis de generalização.

trabalho de parto induzido, ruptura artificial de membranas e Ocitocina