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O acesso ao pré-natal em unidades básicas de saúde em Manaus, segundo características socioeconômicas
Última alteração: 2015-10-23
Resumo
APRESENTAÇÃO: O atendimento ao pré-natal é garantido a todas as gestantes no Brasil, entretanto, a cobertura do programa não é universal e vários fatores influenciam o acesso aos serviços de saúde. Procurou-se, portanto descrever a adesão das gestantes ao pré-natal segundo características dos estratos socioeconômicos. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada baseada em entrevistas com 184 gestantes presentes em pelo menos uma consulta do programa de pré-natal em unidades básicas de saúde, que não trabalham com a estratégia saúde da família, pertencentes aos quatro distritos de saúde da cidade de Manaus. Os critérios de inclusão foram: todas as gestantes que estivessem entre a 16º e a 20º semana de gestação e realizassem o pré-natal na unidade cadastrada. Os critérios de exclusão eram mulheres diagnosticadas com hipotireoidismo e cirurgia bariátrica, ou ainda, não assinarem o Termo de consentimento livre esclarecido. O perfil socioeconômico foi classificado segundo critérios da Associação Brasileira de Pesquisa Econômica-ABEP. RESULTADOS: A média de idade das gestantes era de 24 anos evidenciando que nesse grupo estudado a gestação ocorre em mulheres bastante jovens. 42% delas eram primíparas e apenas 27 gestantes estavam na quarta ou mais gestação o que vai ao encontro dos dados de fecundidade do Brasil de 2000 a 2015 que é de 1,7 por mulher em idade gestacional. A maioria das participantes (75%) pertencia às classes C e D, destaca-se também que a quantidade de gestantes nas classes distais A e E era pequena, mas similares. Um destacado número de mulheres pertencentes à classe B (20%) estava fazendo pré-natal nas unidades. Na região Norte 42,1% dos domicílios pertencem às classes D e E conforme dados recentes da ABEP, no entanto em nossa pesquisa apenas 19,3% das gestantes procediam desses grupos, o que pode demonstrar a diferença econômica da cidade de Manaus frente as outras capitais da região. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A maioria das gestantes que estavam presentes nas consultas do programa de pré-natal eram mulheres jovens, no máximo na terceira gestação e pertencentes às classes socioeconômicas C e D, entretanto chama à atenção a participação da classe B na atenção básica de saúde. Partindo desses dados é possível buscar ainda outras informações como proximidade e efetividade dos serviços prestados na unidade como determinante do acesso objetivando melhor direcionar as ações e planos do pré-natal.
Palavras-chave
Acesso ao serviço de saúde ; gestante; perfil socioeconômico.