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A disciplina “Trabalho de Campo Supervisionado I”, obrigatória no currículo do curso de medicina da UFF, por meio do programa Prático Conceitual (PPC), visa promover compreensão crítica sobre o cenário sociocultural da ação dos profissionais de saúde, envolvendo a perspectiva da integralidade em saúde e buscando construir uma visão ampliada do processo saúde-doença. Por meio do programa de monitoria, alunos-monitores são capacitados a atuar no desenvolvimento pedagógico dessa disciplina, objetivando melhorias de suas atividades e participação no desenvolvimento das linhas de ação do eixo ensino-pesquisa-extensão do Departamento de Planejamento em Saúde. Sendo que nesse resumo, destaca as atividades de monitoria em TCS I no eixo de Integração Ensino – Serviço - Sociedade, durante atividade extensionista promovida em período de greve da UFF, primeiro semestre letivo de 2015. Organizado pela coordenação, pelas preceptoras, monitoras, alunos de TCS1 e parceiros da rede, o evento “UFF na Rua” valorizou o papel da Universidade de compartilhar conhecimento para além das salas de aulas e promoveu reflexão crítica acessível fora dos muros da universidade. Nos dois encontros, realizados em frente ao hospital universitário, propiciando a ocupação do espaço público, foram debatidos importantes temas para a sociedade: a redução da maioridade penal, os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente e as violências de nossa sociedade. As discussões abertas a todos que na rua se interessassem, propiciaram um ambiente de trocas, em coerência com as propostas das atividades de campo da disciplina e que muito colaborou para um processo formativo diferenciado dos alunos participantes, ampliando seu olhar mediante as demandas da população. A vivência na ação extensionista relatada acima, bem como a participação no programa de monitoria promove uma formação acadêmica ampliada. A discussão sobre temas que envolvam o meio social favorecem, portanto, uma sensibilização dos universitários a questões importantes para futura prática médica e aprofundam o entendimento da saúde como produto de interação dos indivíduos com os meios que os cercam e o contexto sociocultural em que estão inseridos. Além disso, essa percepção se torna muito importante para a educação médica por promover reflexões críticas nos alunos, que passam a dar maior atenção à pluralidade dos processos de saúde-adoecimento, que estão intimamente associados aos respectivos contextos de vida dos indivíduos.