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CARACTERIZAÇÃO DOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS RESIDENTES EM UMA MICROÁREA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
As doenças crônicas HAS e DM são consideradas uma epidemia na atualidade, e exigem contínua atenção e esforços de um conjunto de equipamentos de Políticas Públicas e da sociedade em geral. Um desafio da Estratégia de Saúde da Família (ESF) é controlar essas doenças crônicas, causadoras de enormes custos econômicos e sociais, tanto por sua prevalência como pelo potencial de desenvolvimento de complicações agudas e crônicas. No Brasil a principal causa de mortalidade são as doenças do aparelho circulatório. Esses dados se mantêm em Itacoatiara. A pesquisa, nesse sentido, torna-se oportuna, pois a atuação na prevenção dessas se mostra um instrumento importante a fim de evitar a morbimortalidade por esses fatores. Foi avaliado um seguimento de HAS e DM, de uma microárea pertencente a uma UBS da cidade de Itacoatiara-Amazonas. O estudo é descritivo, de abordagem transversal, foi realizado por meio de preenchimento do questionário estruturado, com posterior aferição de dados antropométricos e pressão arterial. Posteriormente foram realizadas orientações a respeito da doença crônica do paciente, alertando-o quanto as possíveis complicações que advém do tratamento inadequado da comorbidade, em relação ao uso correto dos medicamentos, mudança do estilo de vida, benefício das consultas médicas regulares e esclarecimento de dúvidas. A população avaliada foram 22 pacientes enquadrados pelos critérios de inclusão e exclusão do projeto, dos quais 17 são portadores de HAS, 12 são portadores de DM e 7 são portadores de ambas as patologias. Ao observar os índices de complicações relacionadas ao descontrole pressórico, 26% da população apresentou algum evento, sendo que o cérebro vascular foram os mais presentes (16%) seguidos das coronariopatias (10%). Verificou-se que 33% da população alvo sofreram algum evento, dos quais as lesões vasculares periféricas foram as mais prevalentes (17%) seguidas por lesões oftálmicas (8%) bem como renais (8%). Evidenciando a necessidade de intensificação do cuidado dispensado a esses pacientes pela equipe de saúde da família. Quando avaliado o índice de massa corpórea, constatou-se que apenas 26% da população estão adequadas enquanto 74% estão divididos em sobrepeso 44%, obesidade grau I 17%, obesidade grau II 4%, obesidade grau III 9%. Os resultados encontrados mostraram que 29% dos hipertensos e 66% dos diabéticos apresentam falha terapêutica. Apenas 26% dos pacientes afirmam realizarem atividade física semanal, demonstrando que medidas não medicamentosas do tratamento dessas doenças crônicas não tem uma boa adesão por parte dos pacientes. Os estudos mostram o quanto os pacientes acometidos por doenças crônicas necessitam de maior apoio e ao mesmo tempo o estudo busca fornecer contribuições para ações nas unidades básicas de saúde, visando a melhoria do controle da HAS e DM tanto por parte dos profissionais de saúde como por parte dos pacientes, indicando quais os principais problemas enfrentados.
Palavras-chave
Hipertensão; Diabetes Mellitus; Atenção Primária a Saúde