Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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DAR VOZ E PARTICIPAÇÃO AS COMUNIDADES QUILOMBOLAS E INDÍGENAS: UMA ABORDAGEM FITOTERAPÊUTICA
Kleber Augusto Gabriel

Última alteração: 2015-10-31

Resumo


Propiciar meios para a emancipação tecnológica da juventude que vive em áreas de produção familiar é uma das missões do meio universitário. Missão complexa, todavia, indiscutível, pois comunidades como os quilombolas e indígenas são historicamente renegadas no que tange o acesso a recursos técnico - científicos. Este trabalho se propõe a fortalecer o resgate da investigação, cultivo, utilização e a exploração de plantas medicinais, pois é uma forma fortalecedora de educação e incentivo às práxis antigas de sabido poder restaurador da saúde. J. A. Cintra Rodríguez, deixa claro em seus estudos, que é comum obterem-se os mesmos resultados em terapêuticas utilizando-se plantas ao invés de alopáticos. Além disso, a possibilidade de inserção em processos digitais, que usualmente não são colocados a disposição destes jovens, como a utilização de câmeras filmadoras e fotográficas. A ideia é oferecer meios para resgatarem e demonstrarem seus conhecimentos sobre a flora terapêutica, as quais dominam e não apropriar-se enquanto Universidade, destes conhecimentos. Este projeto busca a equação entre oferecer técnicas digitais, proporcionando os meios e mostrando os caminhos para valorizarem suas culturas. A inter-relação dos diversos métodos terapêuticos, como exemplo as plantas medicinais e seus extratos, é tão necessária quanto o conhecimento e uso corrente da farmacologia tradicional. O. B. Álvarez explica que certas plantas não trazem consigo os malefícios dos medicamentos convencionais. A alopatia deve ser repensada e enriquecida com conhecimentos ancestrais, de forma sistematizada e embasadas na ciência. Os participantes desta pesquisa estarão em pleno crescimento, pois para inserir os jovens nos meios digitais e tecnológicos, necessariamente precisa-se buscar um acervo cada vez maior de conhecimentos o que possibilitará melhoria de vida a estes povos. É preciso construir novos saberes junto as comunidades quilombolas e indígenas, detentoras de conhecimento descomunal, utilizando estas, de suas próprias vozes e argumentações, pois estarão com câmeras de vídeo para ensinar aquilo que guardam em suas culturas ricas em saberes diferentes e repletos de inovações, não só para a comunidade brasileira, mas também, de outros países, haja vista a magnitude que os meios digitais proporcionam. 

Palavras-chave


culturas; farmacologia; tecnologias