Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
PERCEPÇÃO DOS HOMENS ACOMPANHADOS POR UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO DO BICO DO PAPAGAIO, ESTADO DO TOCANTINS, QUANTO À POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM
WANATHA JHENIFER SOUSA RIBEIRO, VITOR PACHELLE LIMA ABREU, MARCELA OLIVEIRA FEITOSA, LARISSA ALENCAR DE OLIVEIRA RIBEIRO, FERNANDO LUIZ AFFONSO FONSECA, THYAGO LEITE RAMOS, ILAISE BRILHANTE BATISTA, EUZAMAR DE ARAUJO SILVA SANTANA

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa criar um maior vínculo entre o gênero e as unidades de saúde, tendo em vista que os homens são faltosos quanto a cuidar da saúde e principalmente em estar buscando assistência na atenção primária. Desse modo, muitos agravos poderiam ser evitados se os homens procurassem com regularidade os serviços de saúde, todavia, ainda existe a resistência masculina a essa atenção, o que aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, sobretudo, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família, na luta pela melhor qualidade de vida. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar a percepção dos homens atendidos nas Unidades Básicas de Saúde da Família de um município da região do Bico do Papagaio, estado do Tocantins, com relação à Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem. Trata-se de uma pesquisa exploratória - descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, envolvendo 30 usuários atendidos em um município da região do bico do papagaio, estado do Tocantins, realizada em maio de 2014, tendo como instrumento de coleta um formulário com 11 perguntas fechadas. Os resultados alcançados evidenciaram que a entrada dos homens nos serviços de Atenção Básica ainda são baixos, visto que, 40% dos participantes quando necessitam de algum atendimento, procuram direto o serviço de emergência hospitalar. Entretanto, quando questionados sobre a Política de Saúde do Homem 67% afirmaram que não tem conhecimento da mesma. Outro resultado relevante foi participação de atividades educativas quando 53% garantiram que nunca aderiu a nenhuma ação educativa. Notou-se que as atividades laborais são postas pelos homens como uma de suas maiores preocupações, ficando a busca pelo serviço de saúde em segundo plano, fazendo necessário ser observado que esse fator também está relacionado aos horários de funcionamento das unidades básicas de saúde que nem sempre se conciliam com os horários do mercado de trabalho. Portanto, destaca-se que a busca pelos serviços da saúde tem sido tardia pela população masculina. A não inserção dos homens as unidades de prevenção conduz as altas taxas de morbimortalidade, com entrada ao sistema ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade, gerando maior agravo as morbidades pelo retardamento na atenção e, maior custo para o sistema de saúde. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são as responsáveis por conduzir a promoção e prevenção de saúde através das ações voltadas a comunidade, no entanto os serviços da Atenção Primária são ofertados quase que exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. É importante que o poder público enfoque na política de saúde do homem, como campanhas preventivas, educação continuada e qualificação dos profissionais que atuam na Atenção Básica, visto que, o grande problema de permanência dos homens nas Unidades de Saúde está relacionado ás estratégias organizacionais e de sistematização dos serviços básicos para atender às necessidades individuais e coletivas do gênero masculino.

Palavras-chave


Saúde; Homem; Política.