Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O VER-SUS OESTE SANTA CATARINA E A LÓGICA DA IMERSÃO VIVENCIAL: DESAFIOS PARA CONSTRUÇÃO COLETIVA DE VALORES PESSOAIS E PROFISSIONAIS
Camila Dervanoski, Fabíola Feltrin, Adriana Carolina Bauermann, André Lucas Maffissoni, Thais Cristina Hermes, Larissa Hermes Thomas Tombini, Cláudio Claudino da Silva Filho

Última alteração: 2015-12-06

Resumo


APRESENTAÇÃO: Muitos são os dispositivos utilizados na lógica da reorientação profissional em saúde, criada e praticada com o intuito de formar profissionais de acordo com a lógica do Sistema Único de Saúde (SUS) que tem como principal objetivo ir de encontro ás reais necessidades de saúde da população, entre eles estão os Programas de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), programas de extensão, Aprender - SUS, o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), o Programa Mais Médicos e o Projeto Vivências no SUS (VERSUS), este com uma lógica diferenciada de imersão total, tem o objetivo de aproximar o graduando (a) da realidade do SUS, ocorre em diversos locais do Brasil, entre eles a região oeste de Santa Catarina, em um processo de imersão teórica, prática e vivencial. Neste processo de imersão algumas questões surgem: Quais as vantagens e desvantagens?  O que essa imersão afeta no estudante, e qual o diferencial caso VER-SUS não tivesse essa característica? DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: As vivências realizaram-se no segundo semestre de 2015, envolvendo 58 participantes, regularmente matriculados em Instituições de Ensino Superior (IES), Públicos ou Privados, organizados em 08 grupos de trabalho. Os locais escolhidos foram os sistemas municipais e regionais de saúde dos municípios do oeste catarinense. As atividades ocorreram em dois dias de capacitação, quatro dias de vivências e, um dia de fechamento e devolutiva. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: O processo de imersão do projeto implica em diversos âmbitos na vida do graduando (a) no fato de que este (a) se vê, de um momento para outro, inserido em um “mundo” com pessoas majoritariamente nunca antes vistas, compartilhando, além do espaço físico em si, individualidades, saberes, experiências de vida, conhecimento prévio, aprendizados e frustrações que ocorrem durante o período de vivência e diversos outros aspectos que geram mudanças, saída da zona de conforto, transformações, reflexões, inseguranças, inquietações, e até  mesmo desconforto momentâneo e fazem com que o graduando (a), saia, ao término do projeto, diferente de quando entrou. Este tempo de imersão dentro do projeto faz com que eles busquem tornarem-se maleáveis e nessa maleabilidade é que mora o “tornar-se”, o “permitir-se” ver o outro, seja este vivente, profissional de saúde, gestor (a) ou usuário (a), interagir em busca de compreender, mas interagir para melhorar-se, transcender-se, características que fazem do VER-SUS um dispositivo importante na ressignificação da formação profissional em saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O Projeto ainda necessita trabalhar com os diversos sentimentos/ realidades vividas pelo graduando (a) nos momentos de imersão do Projeto, mas, sobretudo, percebe a importância destes processos para a vida do graduando (a) visto que após a formação ele (a) também estará inserido (a) em um campo novo, com pessoas com características e ideias diferentes, de profissões diferentes e necessitará ter a maleabilidade já aqui citada para sentir-se/ser integrante desta equipe e se já tiver passado por momentos parecidos que o possibilitam trabalhar com o “novo”, certamente o fará com mais facilidade, permitindo um melhor proveito do trabalho em equipe e no atendimento aos usuários, relações humanas importantes para o trabalho em saúde.

Palavras-chave


Sistema Único de Saúde; Formação profissional em saúde; Aprendizagem ativa.