Tamanho da fonte:
ATENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA VOLTADA A SAÚDE DA MULHER NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANA BEZERRA – UMA VIVÊNCIA TEÓRICA E PRÁTICA
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
A atenção fisioterapêutica na saúde da mulher dá-se desde nível hospitalar até ambulatorial. Este relato pretende abordar o papel da fisioterapia em uma maternidade referência em parto normal em sua região. A importância de se descrever este tipo de experiência justifica-se pelo fato de esta ser uma área de atuação ainda pouco explorada e conhecida pelos profissionais da saúde. A atuação da fisioterapia hospitalar na saúde da mulher permite intervir sobre vários aspectos da função e do movimento humano, que sofrem mudanças e alterações durante o período gestacional, do parto e pós-parto. O fisioterapeuta se apresenta como um profissional da área da saúde capaz de contribuir com a melhora da qualidade de vida da mulher, amenizando suas queixas, através de programas e intervenções educativas e terapêuticas. Nesse processo a fisioterapia desempenha um importante papel, contribuindo, em um contexto multidisciplinar, com o equilíbrio físico e psíquico, e a sensação de bem-estar das mulheres atendidas nesse setor. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência de dois alunos da graduação em fisioterapia, na área de saúde da mulher em um hospital universitário de referência do Rio Grande do Norte. A experiência em questão trata-se de um projeto de extensão, de caráter multidisciplinar, que ocorreu no Hospital Universitário Ana Bezerra, localizado na cidade de Santa Cruz, no estado do Rio Grande do Norte. Esse contou com a participação de dois discentes da graduação de fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, dois residentes de fisioterapia do Hospital Universitário Ana Bezerra, atuando como supervisores, e as preceptoras atuantes do hospital. Este projeto proporcionou diferentes experiências dentre estas, a saúde da mulher era priorizada nos atendimentos, que aconteciam no pré-parto, durante o parto e no pós-parto. No âmbito da fisioterapia, no pré-parto eram priorizadas técnicas não-farmacológicas de alívio da dor, técnicas respiratórias, técnicas obstétricas de relaxamento e posicionamento no leito e manobras de facilitação do trabalho de parto. Durante o parto, o trabalho da fisioterapia se resumiu a técnicas respiratórias e de relaxamento da parturiente, com auxílio no posicionamento durante o período expulsivo. No puerpério a atenção fisioterapêutica acontecia na avaliação geral da puérpera, exercícios para os músculos do assoalho pélvico e para as mamas. Havia a vivência diária de humanização, respeito, cuidado e atendimentos de todos os profissionais do hospital, para com os pacientes. Essa experiência acadêmica proporcionou uma interação entre os profissionais e os estudantes, o conhecimento sobre o universo da residência, a oportunidade de atuação em um sistema que prioriza o atendimento multiprofissional, o aprimoramento do conhecimento na área da saúde da mulher e a observação do funcionamento de um serviço regido pelo Sistema Único de Saúde. Atividades de extensão universitária são oportunidades para acadêmicos, professores e comunidade fazerem um espaço comum para troca de informações e experiências, contribuindo no fortalecimento da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Palavras-chave
Modalidades de Fisioterapia; Comunicação Interdisciplinar
Referências
Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica da Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília, DF; 2001. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Parto normal versus cesariana:o papel do Estado e das agências reguladoras. Brasília, DF; 2006. Brasil. Ministério da Saúde. Programa de humanização no pré-natal e nascimento:informações para gestores e técnicos. Brasília:Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica da Saúde da Mulher; 2000. 33p. _______. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html. Acesso em: 2 nov.2013. _______. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis../.../2011/prt1459_24_06_2011.html. Acesso em: 2 nov.2013. Davim RMB, Torres GV, Melo ES de. Estratégias não farmacológicas no alívio da dor durante o trabalho de parto: pré-teste de um instrumento. Rev Latino-am Enfermagem 2007; 15(6): 1150-6. Silva LM, Clapis MJ. Compreendendo a vivência materna no primeiro contato com seu filho na sala de parto. Acta Paul Enferm 2004; 17(3): 286-91 Organização Mundial da Saúde. Saúde Reprodutiva e da Família. Unidade de Saúde Materna e Neonatal/ Maternidade Segura. Assistência ao parto normal: um guia prático: relatório de um grupo técnico. Genebra: OMS; 1996. WHO, World Health Organization. Alliance for Patient Safety. Geneva: WHO/UNICEF,2011