Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Programa Saúde na Escola do município do Rio de Janeiro (PSE Carioca)/Área Programática (AP) 5.1: Trabalhando a Pluralidade no Cuidado em Unidades Escolares
fabiana Silva Marins, Lucia Maria Santos Brandão, Erivelto Soares de Medeiros, Ludimila Cuzatis Gonçalves, Louise Anne Reis da Paixão

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


INTRODUÇÃO: Trata-se de uma experiência exitosa do PSE com expressiva melhora na integração de três setores envolvidos (Saúde, Educação e Desenvolvimento social), enfatizando a atuação das equipes da Estratégia de saúde da Família (ESF), aumentando as ações escolares com olhar sensível à pluralidade de cada unidade escolar/ aluno e a qualificação dos registros destas ações. O PSE Carioca, através da resolução conjunta SEGOV/SMS/SME/SMDS Nº 01 DE 06 DE FEVEREIRO DE 2015 incluiu o setor Desenvolvimento Social no Grupo de Trabalho Municipal (GTI) já constituído pela Saúde e Educação, como estratégia de integração e articulação entre as políticas públicas. O Núcleo de Saúde na Escola e na Creche (NSEC) da AP 5.1 do município do Rio de Janeiro, como GTI local- NSEC8 cobre um território com 187 unidades escolares municipais, 6 equipamentos sociais e 22 unidades de saúde municipais, com 122 Equipes da ESF, com o desafio de intensificar a sensibilização na atuação co-responsável visando o respeito, a cultura de paz em toda e quaisquer ações realizadas. OBJETIVO: Demonstrar a criação de estratégias que fomentem a integração dos setores, com maior autonomia dos profissionais e a co-responsabilidade na realização de ações e registro das mesmas pelo PSE, enfatizando a pluralidade no cuidado em ambiente escolar. MÉTODO: Mediar reuniões intersetoriais para planejamento nos territórios, respeitando suas devidas especificidades (cada local tem clientela adscrita com suas peculiaridades, seus valores) e para sensibilização e esclarecimento aos profissionais quanto ao registro no sistema de informação do PSE Carioca; Monitoramento dos registros e Retorno para os profissionais sobre os mesmos; avaliação trimestral conjunta entre os setores elencados com vistas ao impacto no cotidiano dos alunos. RESULTADOS: Percebeu-se que houve desdobramento com impacto, pois nos meses de fevereiro e março/2015 foram realizados 470 registros de ações e nos meses de julho e agosto/2015, 1226 registros, dentre as quais muitas tratavam direta ou transversalmente de questões relativas ao respeito às diferenças, fomentando sempre a cultura de paz. Houve também aumento de reuniões intersetoriais locais sem a interferência do NSEC 8, com autonomia das equipes de Estratégia de Saúde da Família ( ESF). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebeu-se que com as estratégias supracitadas, principalmente com o retorno dado do que tem sido feito em toda a AP 5.1, caminhamos para uma crescente interação intersetorial (cada vez mais descentralizada), que requer pleno envolvimento dos pares a fim de que os alunos possam usufruir de uma atenção à saúde integral, singular e de qualidade. Ainda que com vivências diferentes, conclui-se que há possibilidade de um trabalho mais ampliado e que atenda as necessidades reais de cada aluno/ unidade escolar, acreditando que a médio e longo prazo tenhamos respostas positivas através de demonstração de mudanças de comportamentos, com mais tolerância e respeito às diferenças.

Palavras-chave


Intersetorialidade; Informação; Pluralidade

Referências


CAMPOS, G. W. S. et al. Tratado de Saúde Coletiva. 1. reimp. São Paulo: Hucitec. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2006.

 

PERRENOUD, Philippe et al. As Competências para Ensinar no Século XXI- A Formação dos Professores e o Desafio da Avaliação .Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 192 p.

 

TEIXEIRA, Elizabeth; SABÓIA, Vera Maria. Tecnologias Educacionais em foco. São Caetano do Sul-SP: Difusão Editora, 2011. 101p.