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APRESENTAÇÃO: O processo de envelhecimento gera várias alterações físico-funcionais, dentre elas o comprometimento do equilíbrio corporal, comumente acompanhado pelo declínio de capacidades físicas e cognitivas. Cognição, neste ponto, pode ser interpretada como a capacidade de utilizar diversas habilidades aprendidas, produzindo respostas adaptativas às solicitações do ambiente externo. O declínio cognitivo no envelhecimento, caracterizado pela falta de concentração e pela perda da memória de curto prazo, é reconhecido pelos clínicos, frequentemente, entre os pacientes com anormalidades vestibulares, mais evidentes nas tarefas que exigem rapidez e raciocínio indutivo. A presente pesquisa tem como objetivo descrever a atividade fonoaudiológica no grupo de práticas corporais do Centro de saúde da Família Dom Expedito a cerca da tontura. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Sabe-se que a tontura acomete cerca de 5% a 10% da população mundial e em 85% dos casos é decorrente de disfunção vestibular. Estima-se que a tontura acomete uma em cada dez pessoas no mundo. O problema pode atingir todas as idades, porém com incidência maior em pessoas idosas. Partindo desse pressuposto e a partir de uma demanda apresentada iniciamos um planejamento para desenvolver uma atividade junto ao grupo de Práticas corporais do CFS Dom Expedito. O grupo é formado em média por vinte pessoas, com faixa etária média de 50 anos, acontece de forma sistemática duas vezes semanal, e com abordagem interdisciplinar. A experiência foi realizada no Grupo de Práticas corporais do Centro de Saúde da Família Dom Expedito no período de junho de 2015. RESULTADOS: A ação foi desenvolvida em três etapas. A primeira através de uma dinâmica iniciamos as apresentações, onde todos puderam falar sobre si de forma espontânea. Logo em seguida desenvolvemos um circuito do equilíbrio, onde foram consideradas as situações que poderiam apontar as maiores dificuldades de equilíbrio entre as idosas. O circuito consistia em atividades para propriocepção, estimulação vestibular e visual com o objetivo de ganho de equilíbrio. A escolha pelas atividades foi pautada na capacidade funcional e cognitiva dos idosos, visando à manutenção da independência física e redução do risco de quedas. Ao final do circuito foi realizada uma roda de conversa onde foramcolocadas as dificuldades encontradas no percurso e as dúvidas quanto a tonturas e vertigens. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Atividades como o circuito de equilíbrio inserido em grupos de práticas corporais podem ser uma ferramenta para a prevenção de quedas em idosos. Também consideramos essa experiência importante na nossa formação enquanto profissional atuante na Atenção Básica, uma vez que o cuidado ao usuário precisa ser integral e longitudinal, tornando as intervenções interdisciplinares fundamentais.