Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A ATUAÇÃO DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS NA CORRESPONSABILIZAÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
Catheline Rubim Brandolt, Márcia Yane Girolometto Ribeiro, Tanise Martins dos Santos

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


O trabalho aqui descrito relata a experiência do cuidado multiprofissional através da corresponsabilização em saúde por meio da Política Nacional de Humanização (PNH), o qual ocorre em duas Estratégias Saúde da Família (ESF) de uma cidade no interior gaúcho, as quais têminserido a ResidênciaMultiprofissional (RM). A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários numa perspectiva coletiva e compartilhada em busca da produção de novos modos de cuidado e organização do trabalho. Em face disto, no cotidiano dos serviços de saúde deve-se priorizar a tecnologia leve por meio do acolhimento utilizando de ferramentas como: o vínculo, a corresponsabilidade e a escuta ativa entre profissional e usuário dos serviços de saúde. Isto porque a integralidade e a humanização estão presentes no encontro e atitude do profissional que busca reconhecer, para além das demandas explícitas, as necessidades dos cidadãos no concernente à sua saúde. O objetivo do relato é descrever como se percebe a corresponsabilização do cuidado em saúde nos campos em que estão inseridos a RM. A PNH foi implantada nestas duas ESF por meio da inserção da RM que percebeu no cuidado multiprofissional demandas para além do processo saúde-doença, sendo possível um olhar mais integral, convidando os sujeitos a reconhecerem-se como protagonistas pela sua saúde. Dessa forma, a corresponsabilização do cuidado ocorre diariamente no cotidiano das práticas realizadas nestas unidades de saúde. As residentes responsáveis por este relato procuram através da comunicação nos grupos de saúde, rodas de conversa, no acolhimento, visitas domiciliares, orientações e consultas compartilhar com os usuários a questão sobre autonomia e corresponsabilidade no cuidado. Por meio deresultados ainda parciais, é possível perceber que se destacam: à construção de vínculo e afeto oferecendo um espaço de escuta aos usuários dos serviços em busca de um SUS humanizado reconhecendo cada pessoa como legítima cidadã de direitos e valorizando e incentivando sua atuação na produção de saúde. Tendo assim, uma aproximação maior entre os profissionais e os usuários, estabelecendo uma relação de confiança no cuidado, além permitir maior acesso e qualidade da atenção em saúde em busca da satisfação de ambas as partes. Concluímos que seja importante permanentemente incluir aos trabalhadores que sejam transmissores não apenas de orientações clínicas aos usuários, mas que se proponham a serem agentes ativos das mudanças no serviço de saúde, sendo destacado a RM como ferramenta para essa mudança e reflexão sobre processo de trabalho e cuidado, nas unidades onde são realizados os trabalhos. Desse modo, a inclusão dos usuários nos processos de cuidado é um poderoso recurso para a ampliação da corresponsabilização no cuidado de si.

Palavras-chave


atenção básica; prática de saúde pública; cuidado