Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Vivência da extensão universitária no Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) em uma Escola Municipal de Campo Grande - MS
Camila Almeida de Freitas, Andressa Akeime Yamakawa Tsuha, Letícia Pinto Manvailer, Taiana Gabriela Barbosa de Souza, Wilslaynny Silva de Aquino, Léia Conche da Cunha, Soraya Sólon

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


O projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) está inserido no processo acadêmico da UFMS como atividade curricular e de extensão. Tal projeto faz parte do componente II do Programa Saúde nas Escolas (PSE) resultante de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. Este trabalho tem por finalidade apresentar a experiências de 4 acadêmicas do Curso de Enfermagem que participam do Projeto de Extensão em SPE, na Escola Municipal Padre Heitor Castoldi, em Campo Grande/MS. Com a intenção de realizar ações do projeto na escola em questão, o grupo realizou uma reunião intersetorial contando com a presença da coordenadora da escola como também com a enfermeira da Unidade Básica de Saúde do bairro. Nesta reunião, a partir das demandas notadas pelas profissionais, ficaram estabelecidas quais temáticas iriam ser abordadas com os adolescentes. Sendo assim, nossas temáticas norteadoras ficaram sendo: bullying, raça e etnias, diversidade sexual, DSTs, álcool e outras drogas, como também outros assuntos inerentes à saúde sexual. Ficou definido que seriam realizados 6 encontros, os quais deveriam ser desenvolvidos no contra-turno de aula, tendo uma duração de 2 horas e 30 minutos. A partir desses acordos, foi feito pessoalmente o convite aos alunos do 7º ao 9º ano do ensino fundamental. Os assuntos foram abordados com uma média de 12 alunos, tendo como apoio os fascículos e jogos disponibilizados pelo projeto. Durante os encontros, estes adolescentes foram instigados a buscar novos conhecimentos e explicações em relação a temas que muitas vezes não são abordados nas instituições sociais, e que por isso necessitam de maior visibilidade. Os jovens se mostraram muito participativos em todas as temáticas abordadas, apresentando também a compreensão dos temas já tratados, ligando um assunto ao outro. Além disso, os alunos desde o princípio já queriam que o projeto continuasse por mais tempo que fora definido. A proximidade de idade das extensionistas com os alunos possibilitou orientá-los sem a ideia de distanciamento e autoritarismo, permitindo  vínculo e tornando as discussões mais íntimas, profundas e efetivas. A agregação de valores somados com a construção de uma relação de confiança dos jovens diante do grupo influenciou nos bons resultados. O fato de o grupo ter tido uma monitora veterana em SPE facilitou a interação entre escola e universidade. Diante disso, constatou-se a importância da educação continuada em saúde para jovens e adolescentes em relação a conteúdos, muitas vezes, considerados como tabus. Como também a relevância de projetos como o SPE para uma formação mais completa dos profissionais da área da saúde, facilitando o “ouvir” necessário para a Educação Popular em Saúde, pois nas ações ocorreu troca de informações e conhecimentos entre os alunos e as acadêmicas.

Palavras-chave


Educação em Saúde