Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
PERCEPÇÃO DOS PETIANOS SOBRE ASSISTÊNCIA AOS USUÁRIOS DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Rafael Magalhães de Melo, Filipe Ramos da Mota, Nailza dos Santos Barbosa, Sinara Vera

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) refere-se a um conjunto de práticas e serviços que buscam a promoção da qualidade de vida das pessoas. Assim, em relação ao consumo de substâncias psicoativas, destaca-se o papel da Atenção Básica à Saúde (ABS) na reabilitação e reinserção social dos indivíduos que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas. Neste contexto, o estudo objetivou descrever as percepções dos petianos sobre o reconhecimento dos profissionais de saúde da importância da Atenção Básica no nível assistencial e preventivo de agravos relacionados ao consumo de álcool e outras drogas. METODOLOGIA: Trabalho de caráter qualitativo baseado no relato de experiência realizado a partir das observações registradas em diário de campo em uma Unidade Saúde da Família (USF) de um município do Recôncavo da Bahia, vinculado ao Programa de Educação pelo Trabalho Vigilância em Saúde (PET/VS). Nos resultados, foi identificado que os profissionais de saúde têm um posicionamento sobre o usuário de álcool e outras drogas baseado em estereótipos, o que pode influenciar na dificuldade de acesso desse indivíduo aos serviços públicos de saúde. Além disso, observou-se a importância dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) como mediadores entre a comunidade e a Unidade Básica de Saúde, e como vigilantes da área de abrangência em que os usuários de substâncias psicoativas estão inseridos, o que favorece a identificação dos fatores de risco inerentes a essa população. Em virtude dos dados obtidos, verifica-se a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde, para que haja o aprimoramento na oferta de serviços mais específicos às necessidades dos usuários de álcool e outras drogas, e consequentemente um atendimento mais equânime.

Palavras-chave


Programa Saúde da Família; Drogas; Acesso.

Referências


ASSIS, Marluce Maria Araújo; ABREU-DE-JESUS, Washington Luiz. Acesso aos serviços de saúde: abordagens, conceitos, políticas e modelo de análise. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, p.2865-2875, 11 nov. 2012.

BARROS, Marcelle Aparecida de; PILLON, Sandra Cristina. Programa Saúde da Família: desafios e potencialidades frente ao uso de drogas. Revista Eletrônica de Enfermagem. v. 8, p.144-149, abr. 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Coordenação Nacional de DST/Aids. A Política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Coordenação Nacional de DST e Aids. – Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. SVS/ CN – DST /AIDS. A Política Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas / Ministério da Saúde. 2 ed. ver. ampl. –Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

COTTA, Rosângela Minardi Mitre et al. Organização do trabalho e perfil dos profissionais do Programa Saúde da Família: um desafio na reestruturação da atenção básica em saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 15, p.7-18, set. 2006.

CORRADI-WEBSTER, Clarissa M. et al. Capacitação de profissionais do programa de saúde da família em estratégias de diagnóstico e intervenções breves para o uso problemático de álcool. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, v. 1, n. 1, p. 0-0, 2005.

LARANJEIRA, Ronaldo; ROMANO, Marcos. Consenso brasileiro sobre políticas públicas do álcool. Revista Brasileira de Psiquiatria,  São Paulo ,  v. 26, supl. 1, May  2004 .

LUZ, Araci Asinelli da; WOSNIAK, Francine Lia; SAVI, Cláudia Aparecida. Vulnerabilidade ao abuso de drogas e a outras situações de risco. Educar em Revista,  Curitiba,  n. 15,   1999.

MENDES, Antônio da Cruz Gouveia et al . Acessibilidade aos serviços básicos de saúde: um caminho ainda a percorrer. Ciência & Saúde Coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 17, n. 11, Nov. 2012.

MERHY, E. E. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo em saúde. In: MERHE, E. E.; ONOCKO, R. (Orgs.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo. Hucitec, 1997.

MINTO, Elaine Cristina et al. Intervenções breves para o uso abusivo de álcool em atenção primária. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 16, set. 2007.

MORAES, Maristela. O modelo de atenção integral à saúde para tratamento de problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas: percepções de usuários, acompanhantes e profissionais. Ciência & Saúde Coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 13, n. 1, Fev.  2008.