Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O Sistema Único de Saúde na Perspectiva de Acadêmicos de Enfermagem
Fabiane Elizabetha de Moraes Ribeiro, Aline Correa de Souza

Última alteração: 2015-11-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: A formação em saúde vem se mostrando um desafio constante quando falamos na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Formar recursos humanos para o SUS é previsto em lei e para que a teoria seja alcançada acredita-se que são necessárias modificações nos cenários onde ocorrem os processos de ensino-aprendizagem. A atualidade/contemporaneidade do assunto evidencia-se através dos diversos dispositivos existentes, criados ao longo dos anos, para qualificar o futuro profissional ou já profissional para atuação no sistema de saúde brasileiro. Programas e projetos como o PET-Saúde e o VER-SUS são voltados para profissionais em formação (graduandos) e Programas de Residência em Saúde, voltados à profissionais que já concluíram a graduação, por exemplo. Esta pesquisa teve como objetivo compreender as concepções sobre o SUS de acadêmicos de enfermagem, comparando as diferentes etapas da trajetória acadêmica. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O cenário estudado foi uma Universidade Federal especializada na área da saúde, no município de Porto Alegre. É um estudo de abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram 41 acadêmicos do primeiro e terceiro ano de um curso de bacharelado em enfermagem e a coleta de dados ocorreu no mês de agosto de 2014, através de um questionário semi-estruturadoauto-aplicado. Os dados foram trabalhados por meio de análise temática. RESULTADOS: Ambas as turmas trazem a ideia de um sistema de saúde público, que é direito de todos, sendo que os do primeiro ano citam as palavras “público” e “direito” com mais frequência. Evidencia-se uma evolução na concepção que permeia a atuação do enfermeiro quando comparamos primeiro e terceiro ano, partindo de um conceito restrito de ajudar as pessoas até uma formulação mais madura e completa, em que é acrescida a noção de participação ativa para melhorar o sistema e a saúde como um todo. CONCLUSÃO: Pode-se evidenciar pontos divergentes quando comparamos as concepções de acadêmicos do primeiro e terceiro ano, porém o diagnóstico situacional culmina a uma raiz em comum: a formação em saúde. Pensar saúde, pensar na formação em saúde exige um olhar diferenciado, principalmente diante da conjuntura que vivemos atualmente. Acredita-se neste estudo como o propulsor de um movimento inicial para modificação de práticas, ações e planejamentos acadêmicos, bem como para estimular o pensamento reflexivo e crítico acerca do papel de cada sujeito envolvido no processo. As ideias aqui expressas podem ser utilizadas por docentes e discentes, no sentido de repensar os conteúdos que são abordados em sala de aula, assim como a metodologia utilizada para tal, entendendo que articular saberes de forma horizontal e interdisciplinar é fundamental para uma construção coletiva e ampliada de conhecimento em saúde.

Palavras-chave


Estudantes de Enfermagem; Educação em Enfermagem; Instituições Acadêmicaas