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AFASTAMENTOS POR TRANSTORNOS MENTAIS DOS TRABALHADORES DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE GUARULHOS NO ANO DE 2011
Última alteração: 2015-10-30
Resumo
APRESENTAÇÃO: O mercado de trabalho vem sofrendo alterações importantes, de acordo com a demanda das características capitalista. O que implica na qualidade de vida desses trabalhadores, sobretudo os profissionais da saúde que lidam o tempo todo com questões relacionadas à hierarquia, autonomia de decisão, tipo de vínculo de trabalho, sobrecarga, sem contar o sentimento de impotência gerada diante das condições precárias de trabalho.OBJETIVO: Descrever o número de trabalhadores afastados por transtornos mentais na Secretária Municipal de Saúde de Guarulhos. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Foi analisada a planilha fornecida pelo SESMET sobre o número de afastamentos por transtornos mentais da Secretária Municipal de Saúde no ano de 2011. Classificados por cinco categorias profissionais, sendo: Médicos, Enfermeiros, Auxiliares/ Técnicos de enfermagem; Agentes Comunitários de Saúde e Atendentes SUS. Foram utilizadas duas categorias para avaliar os afastamentos: < 15 dias e ≥ 15 dias. RESULTADOS: Em 2011 a SMS contava com 6841 funcionários da administração direta. Desses funcionários, 8,1% se afastaram por qualquer motivo de saúde. Dos afastados 10,5% corresponde aos transtornos mentais, sendo 17,2% < 15 dias e 82,8 ≥ 15 dias de afastamento. Quando analisado por categoria encontramos os seguintes valores respectivamente: Médicos 6,52 %, sendo 33,3% < 15 dias e 66,7% ≥ 15 dias; Enfermeiros 10,9% afastados, com 100% dessa categoria afastados por mais de 15 dias; Técnicos/ auxiliares de enfermagem 11,1% total; 18,2% < 15 dias e 81,8% ≥ 15 dias; Os agentes comunitários de saúde, 9,4 % se afastaram, sendo < 15 dias 20% e ≥ 80%. Os atendentes SUS apresentaram 13,3% de afastamento por transtornos mentais, com menos de 15 dias de afastamento de 16,7% e maiores de 15 dias 83,3%.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Importante pontuar que no trabalho, principalmente em serviços de saúde, sobremaneira a emoção e o modo de “administrá-la” são fatores importantes com efeitos diretos na saúde mental. Interpretar essa problemática pode oferecer subsídio para garantir maior o sucesso das ações voltadas e as políticas de saúde do trabalhador. Importante ressaltar que o modelo de gestão a saúde adotada pelos municípios pode refletir diretamente na qualidade de vida de seus trabalhadores e consequentemente nos serviços oferecidos aos seus usuários.
Palavras-chave
SAUDE DO TRABALHADOR; AFASTAMENTO; SAÚDE MENTAL