Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
A PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL EM ESTRATÉGIAS DE REORIENTAÇÃO DA FORMAÇÃO EM SAÚDE A PARTIR DO VER-SUS: EXISTEM RELAÇÕES?
Camila Dervanoski, André Lucas Maffissoni, Fabíola Feltrin, Adriana Carolina Bauermann, Thais Cristina Hermes, Larissa Hermes Thomas Tombini, Cláudio Claudino da Silva Filho

Última alteração: 2016-02-29

Resumo


INTRODUÇÃO: O Projeto de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) é um dispositivo que permite aos acadêmicos a aprendizagem sobre o contexto do sistema de saúde brasileiro, por meio da integração entre o ensino e o serviço que ocorre no decorrer das vivências. Os acadêmicos, preferencialmente da área da saúde, se configuram como o público alvo do projeto. Assim como o Projeto VER-SUS, outros dispositivos como o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) visam fortalecer a formação em saúde no contexto do SUS. Este trabalho objetiva refletir sobre a relação de estudantes participantes do VER-SUS Oeste Catarinense com outras estratégias de reorientação da formação em saúde, que estes já tenham participado antes do VER-SUS Oeste, ou que sejam incentivados após esta participação. DESENVOLVIMENTO: Em essência, o VER-SUS objetiva a inserção de acadêmicos na realidade diária dos estabelecimentos e serviços de saúde, com inserções reflexivas diferenciadas em relação aos estágios clássicos nas graduações em saúde. Para tanto, nas três edições realizadas no Oeste Catarinense, os estudantes passaram por um período de imersão de sete dias, no qual visitaram diversos locais que fazem parte da rede de atendimento à saúde do SUS e foram instigados à problematização das situações vivenciadas nos espaços por onde passaram. Ao longo da organização e da realização das três edições, pode-se perceber que grande quantidade de estudantes inscritos no projeto VER-SUS também participavam de outros programas que almejam mudanças na formação em saúde, com predominância do Pró-Saúde e PET-Saúde. RESULTADOS: Neste sentido, o grupo articulador das edições iniciou uma reflexão acerca do impacto que as estratégias de reorientação da formação geram na vida profissional e pessoal dos estudantes. Os indivíduos que atuam junto a estas identificam mais facilmente novas formas de aprendizagem experimentadas durante o desenvolvimento de suas respectivas atividades e buscam outros projetos, como o VER-SUS, que sejam capazes de atender suas necessidades teórico-filosóficas e teórico-práticas para além dos métodos tradicionais de ensino, tais como a educação bancária, e que tenham as bases para o processo de aprendizado ancoradas na troca de saberes mútua dos sujeitos, neste caso, por meio da interação entre acadêmicos e profissionais de saúde dos locais visitados. A forma de aprendizado inovadora oferecida pelos projetos que objetivam mudanças na formação fomenta a identificação dos estudantes com o sistema, fazendo com que estes se sintam pertencentes ao SUS e busquem outros caminhos para o estudo das ações e serviços públicos. Ao mesmo tempo, proporciona uma ampliação de olhares e a ressignificação das concepções do próprio conceito de saúde e de formação (em saúde). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Consideram-se ímpares as estratégias de reorientação da formação, tendo em vista que através destas ocorre o empoderamento dos acadêmicos e o estímulo para que os mesmos reconheçam seu papel como integrantes fundamentais do SUS e protagonistas de seus próprios processos de aprendizagem.

Palavras-chave


Educação em Saúde; Ensino; Sistema Único de Saúde.