Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a notificação da violência doméstica
Anderson Reis de Sousa, Adrielly Rocha Barbosa Gonçalves, Alvaro Pereira, Emanuela Márcia de Freitas Oliveira, Tilson Nunes Mota, Adilson Ribeiro dos Santos, Bianka Sousa Martins da Silva, João Santos Caldeira

Última alteração: 2015-11-04

Resumo


APRESENTAÇÃO: A violência doméstica e familiar contra a mulher é definida pela Lei Maria da Penha enquanto qualquer ação baseada na desigualdade de gênero que cause à mulher danos físicos, sexuais, psicológicos, morais ou patrimoniais, podendo inclusive levá-la a morte. Este estudo tem como objetivo identificar o conhecimento dos profissionais de enfermagem que atuam em uma unidade de emergência hospitalar sobre a notificação compulsória da violência contra a mulher. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem qualitativa, realizado no setor da emergência de um hospital público de uma metrópole do Estado da Bahia. Dos campos da emergência que compuseram o estudo estão: Sala Vermelha, Pronto Atendimento Cirúrgico, Sala de Triagem, Pronto Atendimento Feminino e Pronto Atendimento Masculino. Participaram da pesquisa nove trabalhadoras de saúde que compõem a equipe de Enfermagem e atuavam no setor da emergência do campo de estudo, dentre elas, quatro enfermeiras e cinco técnicas de Enfermagem. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, combinando perguntas fechadas e abertas, possibilitando ao entrevistado discorrer livremente sobre a notificação da violência contra a mulher. RESULTADOS: Da análise de conteúdo temática categorial emergiram as seguintes categorias: importância da notificação; o não reconhecimento da violência doméstica como de notificação compulsória e o desconhecimento quanto ao fluxo da notificação. As entrevistadas compreendem a notificação da violência contra a mulher enquanto uma estratégia que possibilita o dimensionamento da problemática e a orientação de ações para seu enfrentamento. No entanto, as percepções equivocadas, desveladas nesse estudo, comprometem a realização da notificação do agravo e por consequência o favorecimento da subnotificação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse contexto, os achados sinalizam para a necessidade de inserção da temática violência contra a mulher, durante a graduação e pós-graduação na área da saúde, a fim de melhor capacitar os profissionais para reconhecer o agravo e preencher adequadamente a ficha de notificação. 

Palavras-chave


Violência contra mulher;Notificação; Saúde da mulher