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O experimento de preferência declarada (DiscreteChoiceExperiment - DCE)  é uma técnica quantitativa que permite descobrir como indivíduos valorizam determinados atributos quando expostos à diferentes alternativas de escolha. No planejamento e gestão do trabalho em saúde, o método tem sido utilizado para avaliar preferências dos profissionais sobre diferentes tipos de empregos. Esta pesquisa teve como objetivo realizar um estudo utilizando a técnica do DCE, sobre preferências e expectativas profissionais de estudantes do último ano de graduação em medicina de faculdades públicas e privadas do estado de Minas Gerais. A etapa qualitativa (revisão de literatura, grupos focais com profissionais de saúde e survey telefônico com gerentes de centros de saúde) subsidiou a definição dos atributos e níveis do emprego para construção do instrumento, que continha propostas de diferentes cenários ocupacionais. O instrumento foi gerado a partir de um modelo matemático ao rol de atributos selecionados, e foi aplicado a uma amostra representativa de estudantes de medicina, para que os mesmos pudessem ordenar cenários de emprego de acordo com suas preferências. Para análise dos dados utilizou-se o software LMPC e testes associados a técnicas de preferência declarada. Foram aplicados 277 questionários. Os atributos que tiveram maior poder de determinação na escolha dos cenários pelos entrevistados foram, na ordem: localização do trabalho, condições de trabalho, remuneração, acesso à residência médica, tipo de vínculo empregatício e carga de trabalho. Constatou-se que os entrevistados de faculdades privadas e as entrevistadas do sexo feminino, em geral, tem maior resistência para deslocar-se para as regiões periféricas de capitais ou para cidades de interior. Verificou-se também que, quanto maior a renda familiar, maior é a resistência em deslocar-se para periferia ou interior. Foi possível quantificar o valor que os estudantes atribuem a cada atributo. Nesse sentido, o DCE forneceu informação sobre como indivíduos estão dispostos a “trocar” um atributo da ocupação pelo outro, possibilitando quantificar o quanto de um incentivo particular é necessário para fazer com que um profissional aceite trabalhar em uma área de escassez.