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INTRODUÇÃO: A violência intrafamiliar tem sido apontada como geradora de graves repercussões para a saúde física e mental das pessoas que a vivenciam. OBJETIVO: Desvelar a violência intrafamiliar vivenciada por homens em processo criminal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa, vinculado ao projeto financiado pela FAPESB: “Reeducação de homens e mulheres envolvidos em processo criminal: estratégia de enfrentamento da violência conjugal”. Os colaboradores da pesquisa foram cinco homens que respondiam judicialmente por processo de violência conjugal na 1º Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Salvador, Bahia, Brasil. Utilizou-se como técnica de coleta de dados o grupo focal. O estudo atendeu aos aspectos éticos contidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, aprovado pelo CEP através do parecer nº 039699/2014. RESULTADOS: Os homens referiram à vivência de violência intrafamiliar desde a infância expressas nas formas física, verbal e psicológica. Mencionaram também, que, em alguns momentos presenciaram a violência conjugal entre os seus pais. CONCLUSÃO: A vivência de violência relatada pelos colaboradores sinaliza para o caráter intergeracional da violência, de modo que os autores também vivenciam ou vivenciaram o fenômeno em algum momento da vida, em especial aquela que se manifesta no espaço doméstico. Considerando que esta se encontra enraizada na desigualdade de gênero, necessário se faz a criação de espaços que permitam reflexões para a desconstrução desse fenômeno. Mediante o exposto, é fundamental que a temática violência seja trabalhada ainda na formação acadêmica, independente da área de atuação, com o objetivo de identificar a violência intrafamiliar.

Relações familiares; Violência na família; Violência baseada em gênero; Enfermagem.