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APRESENTAÇÃO: A sociedade embora em constante transformação produz e reitera valores androcêntricos que reforçam a assimetria e poder das relações entre homens e mulheres. Trazendo no seu âmago graves problemas, dentre eles a violência de gênero, referida como quaisquer atos de violência baseada na diferença de gênero, que resulte em sofrimentos e danos físicos, sexuais e psicológicos da mulher, inclusive ameaçam de tais atos, coerção e privação da liberdade na vida pública ou privada. Este estudo teve como objetivo conhecer e analisar, à luz de gênero, as concepções de profissionais de enfermagem em relação à violência de gênero. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem qualitativa, realizado no setor da emergência de um hospital público de uma metrópole do Estado da Bahia. Dos campos da emergência que compuseram o estudo estão: Sala Vermelha, Pronto Atendimento Cirúrgico, Sala de Triagem, Pronto Atendimento Feminino e Pronto Atendimento Masculino. Participaram da pesquisa nove trabalhadoras de saúde que compõem a equipe de Enfermagem e atuavam no setor da emergência do campo de estudo, dentre elas, quatro enfermeiras e cinco técnicas de Enfermagem. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, combinando perguntas fechadas e abertas, possibilitando ao entrevistado discorrer livremente sobre a temática da violência de gênero. Com o intuito de assegurar os preceitos éticos, após análise e aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia, sob o protocolo n. 42051315.1.0000.5654, solicitamos as participantes a leitura prévia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e procedemos aos esclarecimentos pertinentes e, em seguida, o mesmo foi assinado em duas vias. RESULTADOS: Da análise de conteúdo temática categorial emergiram as seguintes categorias: O que pensam os profissionais de enfermagem acerca da violência de gênero; A violência de gênero e as práticas da unidade de emergência hospitalar: identificando limites, vislumbrando potencialidades. Evidenciou-se a construção histórica onde a mulher é vista como de controle social masculino, onde se submete as vontades e as ordens do companheiro, seja ele marido ou não, ainda que seja um sujeito social autônomo e dona do próprio corpo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disso, percebemos a importância de que essa mulher em situação de violência seja amparada pela rede de proteção e atenção a violência contra a mulher, uma vez que precisa ganhar visibilidade fora do contexto que é acometida como estratégia de enfrentamento e que outras pessoas identifiquem essa violência para ser combatida.  

Violência de Gênero; Saúde da mulher; Enfermagem