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O presente resumo tem por objetivo demonstrar que o Projeto de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) caracterizou-se por uma vivência de 11 (onze) dias, nos quais estudantes de graduação oriundos de diversos cursos, tanto de áreas da saúde como outras afins do Rio de Janeiro e de outros estados do país, compartilharam o mesmo ambiente, trocando ideias e aprendizado mútuo. O objetivo do Projeto é fomentar uma visão reflexiva e crítica sobre os desafios enfrentados pelo SUS, e agregar na formação pedagógica dos mesmos; tudo isso, através da apresentação acerca da realidade do Sistema, com o intuito de quebrar paradigmas e trabalhar com os conceitos de “construção e desconstrução”. As vivências tinham a presença dos facilitadores, cuja responsabilidade se dava em fomentar momentos de reflexão junto aos viventes, para a discussão dos debates; a função do facilitador é ser uma referência para os demais estudantes no que diz respeito ao entendimento do marco teórico - prática para o aprendizado acadêmico. A experiência possibilita aos estudantes criar um novo olhar sobre o SUS, e incentiva a criação de uma postura transformadora diante dos entraves que o Sistema enfrenta. O VER-SUS é uma ferramenta essencial para o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes universitários. Através de tal projeto, pode-se observar, de uma maneira mais direta, a dimensão prática do conhecimento aplicado; mais do que isso, percebe-se que a teoria e a prática são dimensões indissociáveis. Estimular essa compreensão a partir da imersão na realidade do sistema permite a criação de uma nova mentalidade sobre o SUS, auxiliando o indivíduo a se tornar um ator social, responsável pelas transformações necessárias. Por seu formato multidisciplinar, o Projeto permite a estudantes de diversas áreas de graduação a ter contato com o Sistema, criando assim uma atmosfera de trocas de aprendizado bastante enriquecedora para todos os envolvidos, e possibilitando um aprofundamento no SUS, bem como uma maior oportunidade de entender como o mesmo opera – característica típica dos estágios de imersão. No dia 22 de julho de 2014 (que configurou o segundo dia de vivência) pela manhã, fomos à Clínica da Família Assis Valente, na Ilha do Governador. Fomos muito bem recepcionados por um enfermeiro da Unidade, que nos explicou a diferença entre Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde. Sendo assim, podemos descrever que tal rotina se repetiu nos dias posteriores. Os primeiros efeitos observados foram em nós – viventes e facilitadores – pela total mudança de pensamento, e um novo olhar sobre a saúde pública em seus diferentes níveis de atenção e esfera política. Assim como, a transformação na qualidade de vida e renda da população que utiliza os mais diversos tipos de assistência à saúde ofertada pelo SUS, e seus entes federativos. De uma maneira geral, considero a vivência e a experiência acumulada ao longo do Projeto como de extrema importância, somando de maneira positiva e significativa no processo de formação profissional de cada um. Criando uma consciência mais cidadã. Obtive uma experiência de enriquecimento pessoal.

SUS; VER-SUS; Vivências; Saúde; Experiência; Facilitador.