Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
ESTUDANTES QUE CONSTROEM SUA PRÓPRIA VIVÊNCIA INTERDISCIPLINAR NO SUS
Andre Luis Melo dos Santos, Katarina de Lima Fernandes, Itana Suzart Scher, Victor de Jesus Ribeiro Rocha, Tiago Souza Leal, Andrea Laís Santos e Santos, João Batista de Brito Braga Alves

Última alteração: 2015-10-31

Resumo


O Diretório Central dos Estudantes da UFBA através do Fórum Acadêmico de Saúde (FAS) promoveu a Semana de Vivências Interdisciplinares no Sistema Único de Saúde (SEVI-SUS/UFBA) entre os dias 17 e 21 de fevereiro de 2014 no Município de Teixeira de Freitas/BA. Esta funciona como uma ferramenta no fortalecimento do compromisso da Universidade e dos estudantes com a saúde do povo. (300), com vistas a contribuir com a reorientação da Educação em Saúde através de vivências no cotidiano do SUS. Objetivamos, assim, contribuir para formação dos estudantes de saúde, numa abordagem interdisciplinar, acerca das concepções de saúde e também dos princípios, diretrizes e mecanismos de controle social do SUS, bem como a vivência de sua realidade, desafios e conquistas. Problematizar o papel político do estudante e profissional como agente social transformador da saúde. Seis meses transcorreram entre o planejamento e a concretização da vivência. Houve 227 inscritos. 40 foram selecionados entre 13 cursos da área de saúde. 38 estagiários viajaram, junto com 10 monitores, membros do FAS. Foram feitas visitas a diversos equipamentos do SUS em todos os níveis de atenção, além da visita ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Todos os dias as vivências eram socializadas e alguns conceitos discutidos conjuntamente. Foi possível depreender a apropriação dos estudantes dos conceitos teóricos discutidos: conceito de saúde e sua relação com a atenção primária, relação público-privado, reforma psiquiátrica antimanicomial, determinação social da saúde. Houve uma atenção para a necessidade de trabalho em equipe, a partir da multidisciplinaridade. Sensibilização dos estudantes para a realidade em que vive o povo brasileiro e a necessidade de engajamento de todos para promoção da saúde e da igualdade no país. Após a vivência, muitos estagiários começaram a construir o FAS, relatando que passaram a se enxergar como agentes transformadores da sociedade e não apenas futuros trabalhadores da saúde. Experiências como esta se fazem importantes, pois aproximam os estudantes da realidade da saúde pública brasileira, ampliando a visão sobre os determinantes que estão imbricados no processo de saúde do povo. As universidades brasileiras precisam se voltar para uma concepção ampliada do sujeito que valorizem e promovam uma reorientação do modelo de formação que temos – individualizante e biologicista – para uma formação multiprofissional e integrada. É necessário promover uma formação voltada para a saúde pública, incentivando assim o compromisso com o SUS.

Palavras-chave


estágio de vivência, SUS, movimentos sociais