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ESTUDANTES QUE CONSTROEM SUA PRÓPRIA VIVÊNCIA INTERDISCIPLINAR NO SUS
Última alteração: 2015-10-31
Resumo
O Diretório Central dos Estudantes da UFBA através do Fórum Acadêmico de Saúde (FAS) promoveu a Semana de Vivências Interdisciplinares no Sistema Único de Saúde (SEVI-SUS/UFBA) entre os dias 17 e 21 de fevereiro de 2014 no Município de Teixeira de Freitas/BA. Esta funciona como uma ferramenta no fortalecimento do compromisso da Universidade e dos estudantes com a saúde do povo. (300), com vistas a contribuir com a reorientação da Educação em Saúde através de vivências no cotidiano do SUS. Objetivamos, assim, contribuir para formação dos estudantes de saúde, numa abordagem interdisciplinar, acerca das concepções de saúde e também dos princípios, diretrizes e mecanismos de controle social do SUS, bem como a vivência de sua realidade, desafios e conquistas. Problematizar o papel político do estudante e profissional como agente social transformador da saúde. Seis meses transcorreram entre o planejamento e a concretização da vivência. Houve 227 inscritos. 40 foram selecionados entre 13 cursos da área de saúde. 38 estagiários viajaram, junto com 10 monitores, membros do FAS. Foram feitas visitas a diversos equipamentos do SUS em todos os níveis de atenção, além da visita ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Todos os dias as vivências eram socializadas e alguns conceitos discutidos conjuntamente. Foi possível depreender a apropriação dos estudantes dos conceitos teóricos discutidos: conceito de saúde e sua relação com a atenção primária, relação público-privado, reforma psiquiátrica antimanicomial, determinação social da saúde. Houve uma atenção para a necessidade de trabalho em equipe, a partir da multidisciplinaridade. Sensibilização dos estudantes para a realidade em que vive o povo brasileiro e a necessidade de engajamento de todos para promoção da saúde e da igualdade no país. Após a vivência, muitos estagiários começaram a construir o FAS, relatando que passaram a se enxergar como agentes transformadores da sociedade e não apenas futuros trabalhadores da saúde. Experiências como esta se fazem importantes, pois aproximam os estudantes da realidade da saúde pública brasileira, ampliando a visão sobre os determinantes que estão imbricados no processo de saúde do povo. As universidades brasileiras precisam se voltar para uma concepção ampliada do sujeito que valorizem e promovam uma reorientação do modelo de formação que temos – individualizante e biologicista – para uma formação multiprofissional e integrada. É necessário promover uma formação voltada para a saúde pública, incentivando assim o compromisso com o SUS.
Palavras-chave
estágio de vivência, SUS, movimentos sociais