Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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OFICINA INTERATIVA DE TOQUE OBSTÉTRICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE INTEGRAÇÃO DE TEORIA E HABILIDADES PRÁTICAS
CLÁUDIA RIBEIRO DE SOUZA, KARINA MIRANDA MONTEIRO, FRANCISCA FARIAS CAVALCANTE, MARIA NACEME ARAUJO DE FREITAS, SIMONE AGUIAR DA SILVA FIGUEIRA, LEILANE RIBEIRO DE SOUZA

Última alteração: 2015-10-31

Resumo


APRESENTAÇÃO: O toque obstétrico é parte essencial do exame físico para a determinação do curso da assistência que se prestará à gestante. O profissional deve identificar dilatação, apagamento da cérvice, membranas, tipo e altura da apresentação do concepto, entre outros e, para isso, metodologias ativas são primordiais na aquisição de acurácia técnica e autoconfiança na realização de tal exame. Por isso, objetiva-se relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem em uma oficina de toque obstétrico e os impactos desencadeados a partir desta, no Estágio Supervisionado em Obstetrícia. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Através do método de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), e de exposição interativa desenvolveu-se a oficina na Universidade do Estado do Pará, Campus XII/Santarém, no ano de 2015, sob orientação de uma enfermeira obstetra, na qual participaram cerca de trinta discentes, que adquiriram conhecimentos teóricos e práticos a respeito da temática. Abordou-se a anatomia pélvica da gestante através de discussão em grupo e, a fim de colocar em prática o conhecimento utilizou-se simuladores, confeccionados de materiais recicláveis, dos diferentes estágios de dilatação da cérvice e também de suturas cranianas de recém-nascidos e suas relações anatômicas com a pelve. Os mesmos eram acompanhados de casos clínicos que levavam os acadêmicos a descreverem os achados encontrados. IMPACTOS: A atividade propiciou o desenvolvimento de habilidades práticas a respeito do toque obstétrico bem como o aperfeiçoamento da técnica daqueles que já haviam previamente tido contato com o assunto. Além disso, os participantes da oficina se sentiram estimulados a ter autonomia no exame físico da grávida ao correlacionar situações-problema com a simulação de exame físico. No Estágio Supervisionado em Obstetrícia, todos os estudantes que participaram da oficina apresentaram raras dificuldades em descrever a apresentação do concepto, a dilatação do colo, progressão do pólo cefálico, planos de DE LEE, dentre outros que podem ser identificados ao se efetuar o toque obstétrico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A oficina direcionada aos acadêmicos permitiu a multiplicação de conhecimentos teóricos integrados à prática clínica. A relevância de atividades como essa está em estimular o aluno a ter autonomia para realizar exame físico de pacientes sob o alicerce do conhecimento científico e acurácia técnica transmitida por educadores experientes no desenvolvimento de metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Ademais, ressalta-se que o toque obstétrico realizado de modo afetivo e cuidadoso, pautado no modelo humanizado de assistência, favorece a conquista da autonomia e empoderamento da parturiente no trabalho de parto e parto, além de que possibilita o crescimento profissional de futuros enfermeiros, que terão subsídios sólidos que poderão contribuir socialmente para uma assistência em saúde adequada às mulheres que vivenciam este momento único na invenção da vida, que é a gestação.

Palavras-chave


Enfermagem em obstetrícia; Metodologias ativas; Habilidades práticas

Referências


CAIRES, T.L.G; SANTOS, R.S. O saber da enfermagem obstétrica e suas contribuições sociais para a autonomia da parturiente. Revista de Enfermagem Profissional, v. 1, n° 2, p. 422-435, jul/dez, 2014.