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APRESENTAÇÃO: Durante o ano de 2015, o setor da saúde encontrou diversas barreiras para o seu completo funcionamento. A crise econômica nacional atingia as diversas instâncias governamentais, o município sofria com problemas em gestão financeira e, por de trás de todas essas inconstâncias, sobressaíam profissionais de saúde descontentes e desmotivados com a situação. Sem, contudo, desistidos do porquê de sua escolha profissional. Por meio da convivência com esses profissionais ao longo do primeiro semestre do ano, no estágio realizado pelos acadêmicos de medicina, da Universidade Uniderp, durante o módulo de Programa Interdisciplinar de Ensino-Saúde-Comunidade (PINESC II), optou por atuar em um plano de ação baseado na saúde mental desses profissionais a fim de sensibilizá-los quanto à importância de sua atuação na equipe e junto à comunidade. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O plano foi executado na Unidade Básica de Saúde da Família Dr. Emílio Garbeloti Neto, bairro Jardim Tarumã, município de Campo Grande, MS, durante o mês outubro de 2015, por meio de três encontros com todos os profissionais da Unidade. Inicialmente, realizou-se a aplicação do teste psicofísico Burnout para triagem da incidência de estresse entre os profissionais, e em seguida, os acadêmicos com o apoio de professores do curso de medicina, desenvolveram oficinas de trabalho por meio de metodologias participativas, nas quais se empregaram práticas de alongamento, dinâmicas interpares, palestras e apresentação de vídeos, nos quais os acadêmicos entrevistaram a população residente no bairro e essa expressou reconhecimento sobre os servidores da saúde. RESULTADOS PARCIAIS: Para o teste psicofísico de Burnout, observou-se que 79% dos profissionais referiram sentir-se esgotados emocionalmente, pelo menos uma vez ao longo do ano. Os efeitos percebidos decorrentes do primeiro encontro foram resumidos pelos profissionais nas seguintes palavras: motivador, descontraído, divertido e saudável. Ao final, uma das profissionais o definiu como compartilhamento de vínculos, justamente o objetivo idealizado pelo grupo de acadêmicos. Dessa forma, as expectativas para as reuniões vindouras baseiam-se na possibilidade de fortalecer esse perfil incentivador e, principalmente, trazer a melhoria para a comunicação interpessoal e consequentemente do processo de trabalho da equipe com a comunidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora a complexidade da problemática mental do trabalhador da saúde seja realmente abrangente, é imprescindível uma nova ótica sobre o biopsicossocial daqueles que promovem o bem-estar da população. Sendo assim, pôde-se constatar que os profissionais têm participado ativamente das oficinas e demonstrado interesse em mudar seu processo de trabalho, pelo compromisso com a saúde da população por eles atendida.

SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR