Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO MARANHÃO
Giana Gislanne da Silva de Sousa, Keith Suelen De Moura Lopes, Maria Neyrian de Fátima, Priscilla Ingrid de Sousa, Víctor Pereira Lima, Adna Nascimento Souza, Vitor Pachelle Lima Abreu, Marcela Rangel de Almeida

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: a Estratégia Saúde da Família (ESF), anteriormente denominado Programa saúde da Família (PSF) é um modelo que visa à reorganização da Atenção Básica no País, com ênfase nos preceitos do Sistema Único de Saúde, que prioriza as ações de prevenção, promoção e repercussão da saúde das pessoas de forma integral e continua. Nesta nova estratégia de saúde, a enfermagem tem exercido papel fundamental no desenvolvimento do processo de cuidar, sendo essencial no desempenho das ações de saúde. A Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 do Ministério da Saúde (MS), dispõe que cabe ao enfermeiro da Atenção Básica, diversas atribuições, entre elas o ato de realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares, prescrever e transcrever medicações. Este ato de prescrever medicamentos, apesar de legal, ainda é permeado por conflitos éticos profissionais, incluindo a formação dos enfermeiros para essa atribuição. Diante do exposto, esse estudo tem como objetivo conhecer a percepção dos enfermeiros sobre a prescrição de medicamentos e a concepção de como vêm sendo formados para tal atribuição. MÉTODOS: estudo de abordagem qualitativa, descritivo, tendo como sujeitos oito enfermeiros da ESF do município de Senador La Rocque-MA, aprovado pelo Comitê de Ética/UFMA, número 545.509. Os dados foram coletados através de entrevistas e analisados de acordo com o método de análise de conteúdo. RESULTADOS: Os dados foram divididos em três categorias: opinião dos enfermeiros; embasamento prático; fonte de conhecimento teórico. Na categoria opinião dos enfermeiros, notou-se que estes reconhecem a prescrição como uma pratica necessária na ESF e se sentem satisfeitos com a atribuição. No embasamento prático, buscou-se conhecer em que se baseavam para desenvolver a prescrição de medicamentos, foi mencionado a busca na literatura e em programas do MS, também protocolos disponíveis de alguns municípios, destacou a experiência profissional como base para realizar as prescrições. E na fonte de conhecimento teórico, demonstram que o conhecimento adquirido na academia não os deixou capazes para a prescrição, porém se sentem qualificados e preparados para desenvolver a prescrição, fato resultante da prática profissional, cursos de capacitação e pós-graduação. CONCLUSÃO: os profissionais da enfermagem percebem a prescrição de medicamentos como uma atribuição importante e necessária na atenção primária, sentindo-se preparados para prescrever devido a sua vivência profissional e não a sua formação acadêmica.

Palavras-chave


Enfermagem; Saúde da Família; Prescrição de medicamentos