Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O BRINCAR COMO RECURSO TERAPÊTICO NO AMBIENTE HOSPILATAR
Giana Gislanne da Silva de Sousa, Flavia Loila Chaves, Maria Neyrian de Fátima Fernandes, Priscilla Ingrid de Sousa, Víctor Pereira Lima, Marcela Rangel de Almeida, Thaisa Negreiros de Melo, Hádina Diniz Lima Moraes

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: No processo de trabalho da enfermagem, o cuidar é um instrumento básico que permite assistir o ser humano em sua totalidade, fundamentando-se tanto na sensibilidade quanto no conhecimento científico e compromisso profissional. Nesse sentido, acredita-se ser essencial que os enfermeiros conheçam as experiências infantis sobre os medos relacionados à hospitalização. O brincar é inerente à fase infantil do ser humano, por isso, constitui-se em um direito. Considerando isso, essa prática não deve ser interrompida mesmo durante a hospitalização, o brincar é um dos fatores importantes para o desenvolvimento cognitivo, psicomotor social e afetivo da criança, o que contribui significativamente para um tratamento humanizado. O brincar no período da hospitalização provoca melhora do humor, distração, redução da ansiedade e estresse nas crianças, resultando em uma melhor adesão ao tratamento e reestabelecimento da saúde. Este estudo tem como objetivo compreender a percepção dos enfermeiros sobre o brincar como recurso terapêutico. MÉTODO: pesquisa descritiva exploratório de abordagem qualitativa. Pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética/UFMA, sob parecer 340.285. Realizada com doze enfermeiros que atuam em um hospital pediátrico de Imperatriz- MA, durante o período de junho e julho de 2013. Os dados foram coletados através de questionário semiestruturado composto por questões de identificação e norteadoras, analisados de acordo com a análise de conteúdo de Bardin. RESULTADOS: foram identificadas duas categorias, o brincar no cuidado de enfermagem e a contribuição do enfermeiro através do brincar. Percebeu-se que os profissionais demonstraram ter conhecimento sobre as formas de utilização da prática do brincar como recurso de cuidado, entretanto não incorporam na assistência. Os entrevistados responderam com unanimidade que o brincar é um recurso terapêutico que contribui beneficamente na relação profissional/criança/família, todavia, as limitações estruturais interferem na execução do brincar no hospital. CONSIDERAÇÕES FINAIS: percebeu-se que os enfermeiros compreendem que o brincar tem importância na assistência à criança hospitalizada gerando benefícios, entretanto não é desenvolvido na prática devido à falta recursos estruturais adequados para desenvolver o brincar na assistência diária a criança hospitalizada.

Palavras-chave


O brincar; Criança hospitalizada; Enfermagem pediátrica

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