Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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PET SAÚDE E REDE CEGONHA: EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA NECESSÁRIA, SALVADOR, BAHIA, 2014
MELISSA ALMEIDA SILVA

Última alteração: 2015-11-03

Resumo


APRESENTAÇÃO: Trata-se do relato de experiência de um grupo do PET Saúde/PROSAÚDE, desenvolvido no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário em Salvador, Bahia nos anos de 2013 e 2014.  O projeto de intervenção decorrente da parceria entre Universidade Federal da Bahia e Secretaria Municipal de Saúde objetivou apoias as ações e implantação do Programa Rede Cegonha no âmbito distrital. DESENVOLVIMENTO: o Programa Rede Cegonha é uma estratégia ministerial para redução dos índices de morbimortalidade materna e infantil. Demanda da gestão local a atenção a novos indicadores de acompanhamento, além dos antes observados no Programa de Humanização do Parto e Nascimento (PHPN). No que tange às equipes de saúde, particularmente as da Atenção Básica da Saúde, cabe a incorporação de novas tecnologias, a exemplo da triagem pré-natal (testes rápidos para sífilis e HIV) e o desenvolvimento, caso inexistam, de novos fluxos para acompanhamento desta gestante, incluindo a vinculação a uma maternidade de referência e a captação do pai durante o pré-natal (pré-natal masculino). O desafio encontrado pelo grupo PET saúde foi uma demanda criada pelos profissionais de saúde. Durante um levantamento feito pelo grupo, através de inquérito simples, respondido pelos profissionais e encaminhado à coordenação distrital, observou-se grande insegurança principalmente quando às condutas em relação à sífilis, diagnóstico, tratamento imediato da mulher e parceiro e encaminhamento para exames complementares, necessitando, portanto de ações de Educação Permanente. Diante desse desafio, o grupo estruturou um conjunto de atividades, incluindo oficinas e visitas às unidades para abordagem do tema. Vale ressaltar que muitos dos profissionais do serviço haviam sido recém-admitidos após concurso público. Como previsto na Política de Educação Permanente, as ações devem surgir de demandas do próprio serviço, que deve fazer parte do processo para que a mudança ocorra concretamente. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Aconteceram 5 oficinas que, ao todo, contaram com a presença de 125 profissionais. Os trabalhos foram conduzidos pelas estudantes de graduação de diferentes cursos que compunham o grupo PET, com orientação da tutora e supervisão das preceptoras do serviço. Foi elaborada uma cartilha com orientações básicas sobre os serviços de referência, as bases legais para o tratamento da sífilis e as implicações do tratamento inadequado. Nestas atividades estiveram presentes agentes comunitários de saúde, enfermeiras, médicos, odontólogos e gerentes de unidades básicas de saúde. Ao final de cada atividade havia uma avaliação com sugestões para as próximas atividades a serem desenvolvidas pela coordenação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As atividades foram bem avaliadas pelo conjunto de profissionais do serviço e da gestão, e incorporada como prática, fundamentalmente pela participação destes últimos como preceptores do PET SAÚDE. As estudantes também consideraram o aprendizado rico, e principalmente por alguns dos cursos não permitirem esta abordagem na graduação. Como a atividade foi realizada em diversas etapas ao longo de um ano, pôde-se perceber, até pelo preenchimento de um novo inquérito posterior, a evolução e aumento da capacidade resolutiva de grande parte das equipes de saúde.

Palavras-chave


SÍFILIS; EDUCAÇÃO EM SAÚDE; GESTÃO EM SAÚDE

Referências


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