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APRESENTAÇÃO: São várias as políticas e ações de saúde que estimulam o aleitamento materno na cidade do Rio e Janeiro, porém a doação e a captação de leite humano sempre foram um desafio para os bancos de leite humano das maternidades amigas da crianças e da amamentação. No caso do Hospital Maternidade Carmela Dutra (HMCD) durante o ano de 2015 captou 495 doadoras de leite humano, coletou 55,6 litros de leite e distribuiu 24,4 litros, realidade esta que não consegue suprir em leite materno as crianças internadas na unidade de terapia intensiva (UTI neonatal) e unidade intermediária (UI). O aumento na doação de leite humano possibilitará a sustentabilidade da maternidade, sem precisar utilizar fórmulas lácteas artificiais custosas e aquém das necessidades nutricionais dos recém natos internados. Com o intuito de suprir a ingestão de leite humano dos recém-nascidos, o Serviço de Nutrição do Hospital Maternidade Carmela Dutra (HMCD) em parceria com a Coordenadoria de Atenção Primária (CAP 3.2/SMS/RJ) criaram a Rota do Leite Humano (RLH). O objetivo desta estratégia é tornar o HMCD sustentável no que tange a distribuição de leite materno para seus pequenos pacientes. A Rota foi criada em março de 2012, funciona todas as terças-feiras com a participação do Banco de Leite Humano (BLH) do HMCD, das agentes de controle de endemias (ACEs-CAP 3.2), treinadas em manejo da amamentação e do motorista da CAP 3.2 com carro. Primeiramente o BLH cadastra as nutrizes, potenciais doadoras, agenda o dia do recolhimento do leite humano e as ACEs vão até às casas das doadoras, moradoras da AP 3.2 de acordo com a Rota estruturada em parceria com o motorista. As ACEs recolhem o leite humano, mas também acolhem as doadoras incentivando no processo da amamentação e esclarecem dúvidas sobre manejo do aleitamento. Atualmente são doados em média 15.000 ml de leite por mês beneficiando em torno de 13 leitos de crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade. A implantação da Rota do leite humano na AP 3.2 conquistou o aumento do volume de leite doado e consequentemente o aumento da oferta de leite humano ordenhado pasteurizado, beneficiando assim mais bebês prematuros. O período de doação das nutrizes é mais intenso até os 4 meses de vida do bebê, sendo assim é importante priorizar o investimento dos órgãos gestores de saúde na captação de leite humano dentro deste período. Ações educativas e de acolhimento nos serviços de pré-natal, na maternidade e na unidade básica de saúde, realizadas com qualidade e humanização, são fundamentais para a captação de um número cada vez maior de doadoras de leite humano.  

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