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CONTROLE SOCIAL NO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE OFICINAS DO PROJETO OBSERVATÓRIO DO CONTROLE SOCIAL NO SUS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA PUC MINAS BETIM, 2014
Última alteração: 2015-10-31
Resumo
APRESENTAÇÃO: A Semana de Extensão da PUC Minas tem por objetivo levar à estudantes dos cursos de graduação da unidade Betim a divulgação dos projetos que ocorrem sob suas dependências. Para difusão do Projeto de Extensão “Observatório do Controle Social do SUS” (OBCS/SUS) em 2014, alunos, professores e preceptores realizaram oficinas com a temática do controle social em todos os cursos de graduação da unidade, contextualizando-as segundo as ementas dos diversos cursos. METODOLOGIA: Utilizou-se da metodologia participativa de ensino aprendizagem denominada GV/GO (Grupo Verbalização/Grupo Observação) para avaliação de problema criado especialmente para cada atividade. O problema apresentado simulava uma reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) composto por membros do OBCS que assumiram os papéis dos usuários, trabalhadores e gestores. O primeiro grupo (GV) avaliou o desempenho do CMS ao enfrentar o problema, discutiu o controle social segundo a possibilidade de intervenção técnica do curso e conhecimento geral. O segundo grupo (GO) se manifestava segundo o desempenho do primeiro e apresentava novas possibilidades de intervenção.O objetivo das oficinas foi o desenvolvimento de conhecimentos/habilidades (intelectuais e verbais) e atitudes referentes ao tema abordado através da troca de ideias, experiências e busca de soluções aos problemas. RESULTADOS: Foram realizadas onze oficinas no período de agosto à setembro de 2014.Os temas abordados discutiram a judicialização como forma de acesso ao SUS, facilidades e dificuldades na operacionalização dos programas de assistência da atenção primária e da saúde coletiva (humanização, integralidade). O financiamento, a prestação de contas e a importância dos sistemas de informação nas três esferas do sistema e a infraestrutura das unidades básicas. Estes temas tinham como eixo transversal o controle social. Durante as oficinas percebeu-se a falta de informação acerca do controle social no contexto do SUS, atribuições de suas instâncias, seus mecanismos, as possibilidades de atuação e participação política. Constatou-se que os sujeitos, passam pela vivência do SUS sem contribuir para mudanças. Notou-se o interesse dos alunos em conhecer e contribuir para a melhoria do SUS, em contraponto percebeu-se a falta de entendimento sobre o funcionamento do sistema e o desconhecimento sobre o exercício do controle social. O ponto alto das discussões focou a fragilidade dos conselheiros como atores responsáveis pelo controle social. A pesquisa identificou que os conselheiros usuários não conhecem as atribuições dos conselhos, só buscam conhecimento após se depararem com algo que os impede de prosseguir com a ação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando as experiências obtidas nas oficinas e os relatos dos alunos, conclui-se que é fundamental a discussão e divulgação do controle social é insuficiente para a efetivação das práticas, considerando que a sociedade civil ainda não ocupa os espaços de participação. A graduação tem possibilidade de proporcionar o conhecimento sobre o SUS, a exemplos das oficinas e dos projetos de extensão. É necessário construir senso crítico, além do tecnicismo, é importante ampliar espaços de debate sobre o controle social do SUS.
Palavras-chave
Controle Social, Participação Popular, Cidadania, Políticas de Saúde.