Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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CONTROLE SOCIAL NO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE OFICINAS DO PROJETO OBSERVATÓRIO DO CONTROLE SOCIAL NO SUS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA PUC MINAS BETIM, 2014
LUCAS RODRIGUES REIS, Rhayane Maria Medeiros Ribeiro do CARMO, Maria da Consolação Magalhães CUNHA

Última alteração: 2015-10-31

Resumo


APRESENTAÇÃO: A Semana de Extensão da PUC Minas tem por objetivo levar à estudantes dos cursos de graduação da unidade Betim a divulgação dos projetos que ocorrem sob suas dependências. Para difusão do Projeto de Extensão “Observatório do Controle Social do SUS” (OBCS/SUS) em 2014, alunos, professores e preceptores realizaram oficinas com a temática do controle social em todos os cursos de graduação da unidade, contextualizando-as segundo as ementas dos diversos cursos. METODOLOGIA: Utilizou-se da metodologia participativa de ensino aprendizagem denominada GV/GO (Grupo Verbalização/Grupo Observação) para avaliação de problema criado especialmente para cada atividade. O problema apresentado simulava uma reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) composto por membros do OBCS que assumiram os papéis dos usuários, trabalhadores e gestores. O primeiro grupo  (GV) avaliou o desempenho do CMS ao enfrentar o problema, discutiu o controle social segundo a possibilidade de intervenção técnica do curso e conhecimento geral. O segundo grupo (GO) se manifestava segundo o desempenho do primeiro e apresentava novas possibilidades de intervenção.O objetivo das oficinas foi o desenvolvimento de conhecimentos/habilidades (intelectuais e verbais) e atitudes referentes ao tema abordado através da troca de ideias, experiências e busca de soluções aos problemas.   RESULTADOS: Foram realizadas onze oficinas no período de  agosto à  setembro de 2014.Os temas abordados discutiram a judicialização como forma de acesso ao SUS, facilidades e dificuldades na operacionalização dos programas de assistência da atenção primária e da saúde coletiva (humanização, integralidade). O financiamento, a prestação de contas e a importância dos sistemas de informação nas três esferas do sistema e a infraestrutura das unidades básicas. Estes temas tinham como eixo transversal o controle social. Durante as oficinas percebeu-se a falta de informação acerca do controle social no contexto do SUS, atribuições de suas instâncias, seus mecanismos, as possibilidades de atuação e participação política. Constatou-se que os sujeitos, passam pela vivência do SUS sem contribuir para mudanças. Notou-se o interesse dos alunos em conhecer e contribuir para a melhoria do SUS, em contraponto percebeu-se a falta de entendimento sobre o funcionamento do sistema e o desconhecimento sobre o exercício do controle social. O ponto alto das discussões focou a fragilidade dos conselheiros como atores responsáveis pelo controle social. A pesquisa identificou que os conselheiros usuários não conhecem as atribuições dos conselhos, só buscam conhecimento após se depararem com algo que os impede de prosseguir com a ação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando as experiências obtidas nas oficinas e os relatos dos alunos, conclui-se que é fundamental a discussão e divulgação do controle social  é insuficiente para a efetivação das práticas, considerando que a sociedade civil ainda não ocupa os espaços de participação. A graduação tem possibilidade de proporcionar o conhecimento sobre o SUS, a exemplos das oficinas e dos projetos de extensão. É necessário construir senso crítico, além do tecnicismo, é importante ampliar espaços de debate sobre o controle social do SUS.

Palavras-chave


Controle Social, Participação Popular, Cidadania, Políticas de Saúde.