Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM A DOENÇA FALCIFORME ATENDIDOS NA CLÍNICA DE ODONTOPEDIATRIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NO RIO DE JANEIRO
Marcia Pereira Alves dos Santos, Raquel Nogueira de Carvalho, João Alfredo Farinhas, Ivete Pomarico, Patrícia Olga, Elizabeth Frossard, Paulo Ivo Cortez Araujo

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A Doença Falciforme (DF) é um conjunto de hemoglobinopatia monogênicas hereditárias, de maior prevalência, não só aqui no Brasil, mas em todo o mundo, sendo uma questão de saúde pública. A mutação falciforme na proteína respiratória das células vermelhas,  leva a formação da hemoglobina S, ao invés da hemoglobina A. Caracteriza-se como DF,  os genótipos,  em homozigose (SS – anemia falciforme) ou em heterozigose quando associada a outra alteração na hemoglobina (S Beta-Talassemia; SC, SD, SE). Diferentemente do traço falciforme (TF) que tem o genótipo AS.  Na DF, em função da vaso-oclusão e da hemólise, vários órgãos e tecidos, inclusive a cavidade bucal, podem ser acometidos. Tal fato, exige uma abordagem multiprofissional para o cuidado qualificado à saúde das pessoas com DF. A importância do odontopediatra  neste contexto se faz à medida que ao conhecer a condição de saúde bucal de crianças e adolescentes para atuar na sua promoção, prevenção e assistência, existe a possibilidade de redução da vulnerabilidade destas pessoas, aos agravos à sua saúde, em função das doenças bucais. Objetivo: Avaliar as condições de saúde bucal de crianças e adolescentes com DF. METODOLOGIA: Estudo seccional, descritivo, quantitativo, por conveniência. Foram considerados o genótipo da doença, as medicações em uso, o hematócrito, leucócitos, hemoglobina, número de plaquetas, a saturação de oxigênio, a frequência cardíaca, o índice de cárie dental, de higiene bucal, a presença de opacidades dentárias, de maloclusão, palidez de mucosa e de glossite atrófica. RESULTADOS: Das crianças avaliadas, o genótipo mais frequente foi HBSS, a maioria das crianças apresentou lesões de cáries e perdas dentárias precoces, alterações estruturais de esmalte.  A maloclusão de Angle Classe I esteve mais frequente. Em relação, as alterações na cavidade bucal, pode-se constatar palidez de mucosa, mas a glossite atrófica não foi encontrada na maioria das crianças e adolescentes com DF. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se concluir que a condição de saúde bucal dos pacientes infantis com DF demanda por atenção e cuidado.

Palavras-chave


ANEMIA FALCIFORME; CRIANÇA; SAÚDE BUCAL