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APRESENTAÇÃO: A extensão universitária, no contexto da saúde, pode favorecer uma formação diferenciada, ao possibilitar a inserção de estudantes em contextos e realidades que demandam uma análise global de determinadas situações, requerendo, portanto, uma reflexão ampla sobre os seus determinantes, o que extrapola a visão puramente biológica do viver. Assim, o presente trabalho objetiva apresentar o relato de experiência de estudantes de medicina, participantes da Atividade Curricular em Comunidade e Sociedade (ACCS) "Promoção da Saúde e Qualidade de vida”, realizada pela Universidade Federal da Bahia, no Assentamento Baixão, em Itatiba. A participação dos estudantes consistiu na elaboração, execução e avaliação da oficina “Saúde do Homem”. A oficina foi estruturada a partir da demanda da população masculina do assentamento e,  se desenvolveu através de uma roda de conversa, baseada na metodologia da problematização e fundamentada na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. As ações realizadas buscaram por meio da escuta qualificada, exaltar as experiências e vivências dos assentados sobre questões como: a prevenção e o tratamento de doenças da próstata e sexualmente transmissíveis; as percepções dos participantes sobre o câncer de próstata; a garantia do acesso aos serviços de saúde; os costumes locais para o tratamento das doenças do homem, dentre outros. Mediante o desenvolvimento da oficina foi possível estimular a reflexão dos participantes acerca da importância da luta pelo direito à saúde e das ações de prevenção. Os estudantes, por sua vez, puderam pensar sobre a importância do respeito a subjetividade e a autonomia dos sujeitos, no processo de saúde-doença, levando-se em consideração o meio no qual estes estão inseridos.  Atividades como esta mostram-se relevantes ao contribuir para a formação de médicos críticos e reflexivamente capacitados a atuar em diferentes níveis de atenção.

Extensão Universitária; Promoção da saúde; Educação Popular