Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Vigilância da Mortalidade Infantil no Município de Maracanaú, Ceará: Um relato de experiência sob a visão do PET- Saúde
Sheila Cyrino Câmara, Kellyn Kessiene Kessiene de Sousa Cavalcante, Riksberg Leite Cabral, Criatiana Ferreira da Silva, Vladia Camurça Gomes de Matos

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: Mortalidade infantil consiste nas mortes de crianças no primeiro ano de vida e é a base para calcular a taxa de mortalidade infantil, que consiste na mortalidade infantil observada durante um ano, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período. A mortalidade materno-infantil é um indicador da qualidade de vida de uma população, mediante a evidência de mortes precoces que poderiam ser evitadas pelo acesso em tempo oportuno a serviços qualificados de saúde. A vigilância do óbito, desde a coleta de dados, a análise, conclusões e recomendações é uma atribuição dos responsáveis pela vigilância epidemiológica do município de residência. A Rede Cegonha, instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em 24 de junho de 2011, com a portaria nº 1459, surge como uma estratégia do Ministério da Saúde (MS) que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis, garantindo acesso, acolhimento e resolutividade. Objetivando-se melhorar a rede materna infantil no município de Maracanaú, o grupo que compõe o PET-Saúde realizou uma análise referente ao indicador Mortalidade Infantil, monitorando-se a taxa e as principais causas dos óbitos infantis identificados. METODOLOGIA: Os indicadores contemplados no Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) mostram que Maracanaú necessita melhorar seu desempenho quanto à Taxa de Mortalidade Infantil, a qual, no período de janeiro a dezembro de 2013, correspondeu a 8,7%, cuja meta pactuada era exatamente 8,7% ,mas segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), no mesmo ano, foram registrados 34 óbitos infantis, sendo 24 (70%) no período neonatal (0 a 27 dias de vida) e 10 (30%) no pós-neonatal (28 a 364 dias de vida). RESULTADOS: A série mensal da mortalidade infantil por causa específica no município revela como primeira causa de morte, entre crianças menores de um ano, as afecções originadas no período perinatal, seguida das malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas. Nessa perspectiva, o grupo de monitores e preceptores identificaram a necessidade do município em  adotar medidas para assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, parto, puerpério e assistência neonatal, bem como o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção de agravos à saúde de gestantes e recém-nascidos, conforme a Portaria 569/00 do MS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dentre as estratégias para melhoria dos indicadores no município, foi proposto: resgate do número de consultas de pré-natal pelas equipes através dos ACS e/ou visitas domiciliares; melhoria na qualidade do pré-natal; reuniões de Áreas de Vigilância à Saúde (AVISA) com o objetivo de monitorar os indicadores alcançados; e implantação da Linha de Cuidado para gestantes e puérperas.

Palavras-chave


: Rede Cegonha; Vigilância; Indicadores Materno- Infantis; Mortalidade Infantil.