Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O cuidado à gestação de risco no município de Santos
Bruna Nubile Maynart Lemos, Macarena Urrestarazu Devincenz, Sabrina de Oliveira Silva Savazoni, Pamela Bueno, Maria Graciela Graciela Gonzalez Perez de Morell

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: O PET Saúde – Construção de Rede de Cuidado em Saúde da Mulher e da Criança, parceria entre a UNIFESP Campus Baixada Santista e a Secretaria municipal de Saúde, foi desenvolvido nos anos de 2012 a 2014 no município de Santos e teve como um dos cenários de atuação a Casa da Gestante, um equipamento de saúde que oferece assistência em nível secundário à gestação de risco. As gestantes de risco chegam ao serviço secundário, após já terem iniciado o pré-natal na unidade básica de saúde de referência. Ao ser detectado algum risco para o desenvolvimento da gestação, por profissionais da atenção primária, a gestante recebe encaminhamento para o serviço, aonde será realizada nova avaliação e diagnóstico se permanecerá na atenção secundária, voltará para atenção primária ou será encaminhada para o nível terciário. O presente estudo buscou abordar o histórico desse equipamento, sua importância para o município e o perfil das gestantes acompanhadas. METODOLOGIA: A metodologia utilizada no estudo foi quantitativa e de revisão bibliográfica. Percorremos um caminho de estudos e revisão literária sobre a gestação de alto risco; as iniciativas estatais para melhorar a qualidade do pré-natal; trajetória do município de Santos/SP no cuidado à saúde da gestante e sobre o histórico da Casa da Gestante. Por meio de levantamento de dados a partir dos registros do serviço, buscamos quantificar o número de pacientes atendidas no período de um ano (SET/ 2013 – SET/2014), quais os motivos de encaminhamento, território de referência, idade materna, paridade, idade gestacional e avaliação da contra referência. No período em questão, 471 gestantes realizaram a primeira consulta do pré-natal de risco no equipamento. Chegaram ao serviço gestantes com 57 diagnósticos diferentes. RESULTADOS: Constatou-se que os diagnósticos mais frequentes foram a Diabetes, seguido por Hipertensão. Em 96% dos casos encaminhados a Casa da Gestante, o diagnóstico realizado pela Unidade Básica é confirmado e em torno de 43% das gestantes são encaminhadas com menos de 20 semanas de gestação. O estudo pretende contribuir para problematização e revisão das ações voltadas para a gestante de alto risco, desenvolvidas pelo município. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os principais desafios encontrados foram a necessidade de informatizar os registros; manter a vigilância dos casos a partir da atenção básica; melhorar o fluxo de referência e contra referência com as Maternidades e adequar a ambiência e infraestrutura do serviço secundário.

Palavras-chave


gestação de risco; pré natal; rede de cuidado