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APRESENTAÇÃO: Há no processo do adoecimento mental, uma superposição e persistência de sintomas cuja ocorrência é considerada alta não somente no Brasil, mas no mundo inteiro, com importante predominância para os transtornos afetivos e comportamentais, que levam a frequente agravamento do quadro e consequentes internações hospitalares por aspectos relacionais diversificados. Avanços na área da saúde mental têm sido considerados insuficientes para o equilíbrio e a ressocialização inerentes ao ser humano com transtornos mentais ainda intitulado pela sociedade como “louco”. O presente  estudo objetiva analisar as internações por transtornos afetivos em Salvador no período de 2010 a 2015, verificar se existe predominância de algum tipo especifico de transtorno afetivo em internações hospitalares e se existe associação entre transtornos afetivos e internação hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e analítico, de série temporal, utilizando-se dados secundários e primários, através da literatura cientifica e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), destacando o Sistema de Informações sobre Autorizações de Internações Hospitalares (SIH-SUS).A coleta de dados ocorreu nos meses de março a junho de 2015, por consulta a artigos publicados em periódicos nacionais e indexados na base eletrônica de dados LILACS, que compõe parte do acervo da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os descritores utilizados na busca eletrônica foram “internação hospitalar e transtornos afetivos". Foram encontrados inicialmente 5.446 artigos dos últimos 05 anos, sendo avaliados e pré-selecionados, conforme os critérios de inclusão estabelecidos, obtendo-se a mostra do estudo. Verificou-se predominância de artigos nos idiomas inglês e alemão, sendo incluídos aqueles publicados pós-lei 10.216/01 - a qual trata dos direitos dos portadores de transtornos mentais, inclusive questões relacionadas a internações hospitalares. RESULTADOS: A escassez de temas específicos sobre o assunto é o primeiro indicativo de que essa questão tem sido pouco discutida não só através da literatura cientifica, mas pouco destacada em banco de dados conhecidos. Conclui-se que, ainda predominam nas internações hospitalares por  transtornos mentais e comportamentais de diversas ordens, frequentes internações por aspectos relacionais principalmente ligados a perspectivas efêmeras para autonomia do sujeito, tornando dificultosa a sua reintegração à família, comunidade e sociedade devido a um estigma histórico de exclusão social que o acompanha. Dessa forma, destaca-se a necessidade de uma atenção integral e uma rede articulada capaz de assegurar a efetiva promoção da saúde garantindo assim a visível possibilidade de melhora ao sofrimento psíquico. Nessa perspectiva vislumbra-se que modelos preconizados através das políticas públicas de saúde devam buscar o horizonte  para além dos muros dos internamentos, não somente dos serviços intitulados substitutivos, mas além da predominância apenas mental, mas sobretudo sócio-econômico-cultural, ressaltando-se a necessidade de realização de cursos de capacitação para profissionais de saúde e ainda a explanação de informações gerais à população, visando a aplicação adequada de estratégias que possam  buscar respostas mais apuradas para melhor atenção ao problema da “loucura”.

Internação hospitalar; transtornos afetivos