Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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NASCER EM SITUAÇÃO DE AMEAÇA À VIDA: ESTUDO EXPLORATÓRIO DOS FATORES ASSOCIADOS
Thamires de Fátima Maciel Nantes, Fernanda Morena dos Santos Barbeiro Vieira, Rosanna Iozzi, Pauline Lorena Kale

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: Identificar recém-nascidos em situação de ameaça à vida e seus fatores associados são de extrema importância para o planejamento dos serviços de saúde de assistência perinatal e para subsidiar políticas de saúde materno-infantil. OBJETIVOS: Descrever o perfil dos recém-nascidos em situação de ameaça à vida e investigar fatores associados em maternidades públicas de Niterói e Rio de Janeiro, 2011. METODOLOGIA: Estudo seccional de base hospitalar em maternidades públicas de maior frequência de nascimento das cidades selecionadas. Foi considerada situação de ameaça à vida ter, pelo menos, um dos critérios pragmáticos para definição de near miss (peso ao nascer <1500g, idade gestacional <32 semanas e Apgar5’<7), independentemente da sobrevivência no período neonatal. Recém-nascidos foram analisados cor; idade, escolaridade maternas, presença de companheiro; paridade; morbidade na gravidez, pré-natal e tipo de parto. Foram calculadas proporções, razões de chances (OR) e intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: Entre os 1.782 NV 50,7% eram do sexo feminino, 1,9% tinham peso<1500g, 15,0% Apgar5’<7, 2,1% idade gestacional <32 semanas e 3,6% nasceram com ameaça à vida. Predominaram NV de mães 20 a 34 anos, com oito anos ou mais de estudo, pardas, com companheiro e multíparas. O percentual de mães adolescentes (<20 anos) foi considerado elevado (26,3%). Hipertensão arterial (17,1%), hemorragia (5,6%), sífilis (3,7%), diabetes (2,5%) foram morbidades frequentes na gravidez e cerca de 3% não realizou o pré-natal. Estiveram positivamente e estatisticamente associados à situação de ameaça à vida: ausência de pré-natal (OR=4,6 IC95%: 2,0 10,7), pressão alta (OR= 2,7 IC95%: 1,6 4,5). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Gravidez na adolescência representa, mais do que um risco biológico para mães e recém-nascidos, um risco social. Asfixia ao nascer pode indicar problemas relacionados à assistência ao parto. Hipertensão arterial é a morbidade e causa de morte mais frequentes entre as gestantes e representam ameaça à vida aos seus bebês. Morbidades na gestação e não realização do pré-natal, fatores relacionados ao acesso à assistência pré-natal com qualidade,

Palavras-chave


Pré-natal; saúde materno-infantil

Referências


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