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PROMOVENDO SAÚDE COM ARTE NA OFICINA CUIDANDO DAS LOBAS DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
APRESENTAÇÃO: Desde a Reforma Psiquiátrica acompanhamos uma nova contextualização das pessoas com transtornos mentais. Assim, este novo modelo de atenção à saúde destes, abordam um tratamento holístico, retirando a doença do foco principal, trazendo a superfície as questões biopsicossociais, e trabalhando com os relacionamentos desenvolvidos, tanto afetivos, familiares e sociais, como os comunitários. Portanto as oficinas terapêuticas desenvolvidas dentro dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) permitem que os pacientes projetem seus conflitos pessoais por meio de atividades artísticas valorizando o seu potencial criativo e expressivo, fortalecendo sua autoestima e autoconfiança. Pensando nisso, a Liga de Saúde Mental em Enfermagem da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (LASME) em parceria com a enfermeira do CAPS promove saúde fazendo arte em uma oficina com o nome “Cuidando das Lobas”. Esta oficina proporciona um espaço de construção de atividades manuais e conversas sobre saúde, contribuindo na melhora das pacientes. METODOLOGIA: O “Cuidando das Lobas” ocorre uma vez por semana, em um CAPS II em Campo Grande MS. Composto por mulheres acima de 45 anos que se encontram no período do climatério ou menopausa. Seu objetivo é desenvolver trabalhos manuais, associados à orientações sobre o período em que as pacientes se encontram no ciclo vital. Iniciamos com 08 encontros com atividades de ponto cruz e conversas sobre menopausa, climatério e sexo na melhor idade. Alguns encontros fazendo aparadores feitos de jornal e falando sobre, mitos e verdades da hipertensão arterial e qualidade de vida. Também foi realizada uma aula prática sobre alimentação saudável e uma dinâmica sobre superação da depressão. RESULTADOS: Promover saúde fazendo arte trouxe uma nova forma de pensar e agir na saúde mental, reintegrando o indivíduo ao convívio social, possibilitado um espaço de produção e sustentabilidade. Acompanhar o grupo durante quatro meses possibilitou a percepção na melhora do convívio social, na evolução da autonomia tanto nas escolhas das cores, como na participação das conversas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim como em outras oficinas terapêuticas, o “Cuidando das Lobas” permite que as pacientes possuam um espaço de socialização, interação, reconstrução e reinserção social, através de sua liberdade de expressão artística, lidando com seus medos e inseguranças e trocando experiências que melhoram sua saúde mental.
Palavras-chave
saúde mental; oficina terapêutica; reforma psiquiátrica