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Relato de experiência: Humanização do cuidado através do banho de ofurô em recém-nascidos pré-termo
Última alteração: 2015-10-29
Resumo
APRESENTAÇÃO: Com o aumento da sobrevida de recém-nascidos pré-termo houve uma elevação significativa do período de internação destes, devido principalmente à imaturidade pulmonar. Apesar de todos os avanços, as afecções respiratórias ainda são uma das principais causas de morbimortalidade no período neonatal. Desta forma, vem sendo utilizada técnicas e medidas não farmacológicas que possam contribuir com a adaptação do neonato pré-termo na transição do meio intra-uterino para o extra-uterino, sendo este um período delicado e marcado por diversas mudanças. Uma medida não farmacológica e humanizada aplicada atualmente é o banho de ofurô, que tem tido influência sobre os parâmetros fisiológicos e comportamentais de recém-nascidos prematuros no ambiente hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo realizado na Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (UCINCo) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. A amostra foi composta por 30 recém-nascidos pré-termo que nasceram no próprio hospital ou encaminhado de outro serviço. Foi utilizado um balde de ofurô para a imersão em água morna (37º a 38º) com o bebê na posição vertical, a seleção dos bebês foi através de critérios de inclusão pré elaborados: bebês prematuros, peso acima de 1,500, peso ascendente no dia do banho e estáveis. Na preparação do banho as mães presentes nos auxiliaram, retirando a fralda do bebê e posicionando no momento de entregar para a pesquisadora. Cada banho teve duração de 10 minutos, sendo realizada avaliação dos parâmetros fisiológicos antes, logo após e depois de 30 minutos. RESULTADOS: O profissional de fisioterapia vem conquistando cada vez mais espaço com métodos humanizados, dessa forma ampliando a área de atuação para além da antiga abordagem que era apenas curativa. Essa vivencia propicia aos acadêmicos ampliação e consolidação do conhecimento que vai além da técnica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa oportunidade foi de extrema importância, pois só através dessa experiência tivemos a oportunidade de mudar o nosso olhar em relação a necessidade de humanização do cuidado, que devemos não só pensar no processo de reabilitação, mas sim no bem estar geral do usuário, e do respeito para com a atuação de outros profissionais aprendendo a lidar com os limites de cada um.