Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Fabrício Martins Machado Carrijo, Fernando Júnior Alves, Sueli Fonseca da Silva

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


RESUMO: A infância é uma das fases da vida do homem na qual ocorrem as maiores modificações físicas e psicológicas, é nessa fase que se percebe maior vulnerabilidade aos agravos de saúde. A consulta de enfermagem permite enfocar a promoção da saúde e a prevenção de doenças a essas crianças, tornando necessário o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento por um profissional de saúde, com o intuito de evitar possíveis complicações. Diante disso o objetivo deste estudo é destacar a importância da consulta de enfermagem no acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD) infantil. PALAVRAS-CHAVE: Mães Adolescentes; Crianças; Crescimento; Desenvolvimento Infantil; Ambiente.  APRESENTAÇÃO: A consulta de enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro e consiste na aplicação do processo de enfermagem ao indivíduo, à família e à comunidade de forma direta e indireta. No momento da consulta, a relação profissional-cliente acontece sob a orientação única do enfermeiro, o que o torna detentor do atendimento às necessidades do cliente em questão. Ao atender crianças no acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD), é de suma importância que o enfermeiro desenvolva ações educativas efetivas e de sensibilização que enfatizem a atenção à criança e à comunicação com a família. O acompanhamento do CD de crianças que frequentam creches, além de indicar as condições de saúde, pode oferecer subsídios para a implementação de ações de prevenção e promoção de saúde que permita a essa criança atingir um desenvolvimento sadio e harmonioso. Os estudos analisados mostraram a importância de supervisionar o crescimento e desenvolvimento dessas crianças, pois houve a associação dos atrasos na linguagem aos problemas ambientais e de estimulação, e não a distúrbios propriamente ditos. O estado nutricional de uma criança também constitui condição fundamental para que ela desenvolva suas aptidões psicomotoras e sociais. Caso ocorra alterações de déficit ou excesso, isto implica em potenciais de agravos à saúde dessa criança. Partindo do pressuposto que a condição de ser filho de mãe adolescente seja considerada um critério de risco de morbimortalidade infantil, a idade materna não tem sido responsabilizada isoladamente por resultados desfavoráveis. Essas crianças apresentam maiores riscos biológicos e agravamento desses riscos em decorrência dos problemas sociais que essas mães enfrentam durante a gravidez e maternidade, e o ambiente que essas crianças convivem. Esses estudos mostraram resultados onde a única diferença estatisticamente significante, foi a média de idade dos grupos de mães, e em comparação com filhos de mães adultas, não há diferença nas análise das condições de crescimento no tocante ao peso e ao comprimento, portanto esses fatores de risco estão imbricados no modo de vida das mães adolescentes, o que repercute ativamente nas condições de vida de seus filhos. Portanto o objetivo deste estudo é destacar a importância da consulta de enfermagem no acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD) infantil, pois nessa consulta é possível identificar os fatores de risco e os possíveis prejuízos e efeitos sofridos pela criança nessa fase.       METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, e o levantamento foi obtido através da busca em base de dados como BIREME, MEDLINE e SCIELO, no mês de Maio de 2015. Utilizou-se como descritores: Mães adolescentes, Crianças, Crescimento, Desenvolvimento infantil, Ambiente. Foram identificados 235 estudos, entre os anos de 2007 e 2013, e frente aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos. 3.   RESULTADOS   Através da análise dos dados percebe-se que a enfermagem exerce um papel primordial na avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil, pois pelo fato de acompanhar todas as modificações da criança, é possível identificar precocemente algumas alterações inadequadas e assim intervir, evitando consequências posteriores. Durante a consulta, a enfermagem tem uma maior aproximação tanto da criança quanto da mãe, permitindo assim identificar falhas no cuidado materno, e sanando dúvidas sobre os cuidados com a criança.  4. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que, é necessário durante as consultas, a monitorização de cuidados de saúde ainda na infância, para oportunizar as mães cuidadoras a aprendizagem de novos conhecimentos, a troca de experiências, o auxílio nos cuidados domiciliares, através de uma nova dinâmica de fazer a atenção à saúde da criança e da sua família.

Palavras-chave


Mães Adolescentes; Crianças; Crescimento; Desenvolvimento Infantil; Ambiente.

Referências


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