Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PERCEPÇÃO ACADÊMICA SOBRE O TRABALHO EM EQUIPE APÓS PESQUISA REALIZADA NO NÍVEL TERCIÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE
Hullyana Aguiar da Silva, Natalia Matos Tedesco, Geisy Hellen Mamedes Silva, Ariele dos Santos Costa, Mayra Alves Meireles, Amanda Castelo Girard, Leila Foerster Merey, Karina Candia da Silva

Última alteração: 2015-10-29

Resumo


APRESENTAÇÃO: A hospitalização em unidades neonatais traz inúmeras implicações pois ela afasta o bebê do ambiente familiar e promove um confronto com a dor, passividade, despertando inúmeros sentimentos. O processo de hospitalização requer dos profissionais um preparo que sustente a complexidade das atividades desenvolvidas e construção ampliada à atenção integral aos neonatos, acolhendo a família, para que o ambiente seja menos estressante. Um dos impasses que dificulta esse processo de trabalho é a fragmentação dos atos, falta de união, integração e articulação. A assistência vem sofrendo significativas transformações decorrentes de mudanças na atenção à saúde, principalmente pela preocupação com questões relacionadas à humanização. Através de um estudo realizado em um hospital no município de Campo Grande, MS – tivemos oportunidade de vivenciar em um setor de alta complexidade a relação da equipe com paciente, familiares e outras pessoas não ligadas diretamente a rotina. METODOLOGIA: O estudo realizado no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, tinha como objetivo investigar o quanto aplicação de banhos de ofurô poderia influenciar no bem estar dos recém-nascidos. Devido estarmos inseridos na rotina de um setor de alta complexidade, o estudo envolveu além dos bebês submetidos ao protocolo, a família e os profissionais. Pudemos analisar o quanto a equipe de saúde não está aberta em receber novos pesquisadores, que a princípio não tinham vínculo com o setor.  Pois mesmo com mudanças na assistência à saúde, ainda vemos nos serviços, resistência de alguns profissionais e uma difícil compreensão acerca da dinâmica das relações interpessoais – acreditam que pessoas não ligadas ao setor, possam modificar a estrutura de organização do processo de trabalho. RESULTADOS: A vivência foi de suma importância e nos mostrou dois lados da rotina hospitalar: a relação da equipe multiprofissional quanto a inserção dos pesquisadores no serviço e a relação da equipe com o paciente e seus familiares. Durante a coleta de dados, vimos que realmente há profissionais que ainda apresentam dificuldade em aceitar pessoas que não são do setor para fazerem parte de sua rotina. Porém, quando trata-se da relação equipe e comunidade, vimos o quanto o serviço presta assistência integral e acolhedora, gerando conforto a esses bebês e famílias que estão passando por uma situação tão difícil. Assim, acreditamos que esse impasse quanto a pesquisa possa ser por conta da rotina árdua, pelo medo de atrapalhar o trabalho, os procedimentos realizados e acima de tudo, que possa causar interferência no tratamento. Mas percebemos que assistência multiprofissional e intersetorial é importante e muito eficaz, pois proporciona atenção integral a saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O serviço de saúde muitas vezes torna-se mecanizado, deixando a rotina monótona e restrita - não dando oportunidade ao desenvolvimento de novas habilidades que podem beneficiar a evolução dos pacientes. Fomos capazes de descobrir o quão é importante trabalharmos em equipe e também compartilhar conhecimento as outras profissões, pois assim podemos mostrar a importância de qualquer tratamento inovador.