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As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), em especial as doenças do aparelho circulatório, neoplasias e diabetes representam alterações nos padrões de adoecimento globais na segunda metade do século XX. Com o aumento das morbidades relacionadas à má nutrição na maioria da população torna-se fundamental a presença do profissional nutricionista nas equipes de estratégia da saúde da família, cuja aproximação vai permitir compreender e intervir no atual quadro em evolução. Programas que proporcionem a aproximação da universidade com a comunidade são fundamentais para agregar o conhecimento aos acadêmicos e auxiliar na melhora do atendimento da população. Como uma das atuações direcionadas para o aprimoramento da atenção básica e da vigilância em saúde, de acordo com os princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde – SUS criou-se o Programa de Educação para o Trabalho (PET-Saúde), tendo como objetivo a educação pelo trabalho com a participação de tutores, preceptores (profissionais dos serviços) e acadêmicos da área de saúde, sendo uma das táticas do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde, o PRÓ-SAÚDE. O programa PET Saúde auxilia na formação profissional através do contato direto com o trabalho realizado por equipes de saúde, sendo um importante objeto de prática para formação acadêmica integrando ensino, serviço e comunidade. Desta forma, o presente trabalho relata a experiência de acadêmicos do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) no Programa PET Saúde/ PRÓ Saúde, na cidade Dourados, MS em ação conjunta às equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), na cidade Dourados, no período de julho de 2012 a dezembro de 2014. Foram realizadas visitas semanais dos acadêmicos às ESFs, os quais auxiliavam no atendimento à comunidade nas ações de triagem, através da avaliação antropométrica e aferição da pressão arterial; nas consultas de rotina; nos encontros de grupos específicos (tabaco, obesidade e gestantes); nas confecções de folders e por meio de práticas educativas na comunidade. Nas ações sociais em parceria com as equipes de saúde, realizavam-se avaliações nutricionais como medida de peso e altura, calculando-se IMC (índice de massa corporal), fornecendo resultado sobre o estado nutricional com orientações sobre qualidade de vida e alimentação saudável. Através do PET Saúde os acadêmicos obtiveram uma troca de saberes, bem como a vivência na atenção básica. Para os profissionais de saúde, foi possível uma interação multidisciplinar proporcionando o fortalecimento do aporte teórico, ampliando e viabilizando as discussões que reúnem diversas áreas da saúde nas ESFs. Para os acadêmicos, o estágio durante o PET Saúde se configurou como um momento fundamental na perspectiva da atuação do nutricionista em saúde pública, visando à formação de profissionais capazes e comprometidos com a realidade social.

PET Saúde; nutrição; estágio