Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
IMPLANTAÇÃO DO MAPA DINÂMICO DA TUBERCULOSE EM UM DISTRITO SANITÁRIO DE SALVADOR, BAHIA, 2014
Melissa Almeida Silva, UBIRAJARA RAMOS PEREIRA DA SILVA FILHO, CLAUDIANA RIBEIRO DA SAILVA, ELILIAN OLIVEIRA PEREIRA, MILENE MOURA, GILMAR JESUS DOS SANTOS, GIZELLE BARBOSA

Última alteração: 2015-10-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: Trata-se de um relato de experiência vivida durante as práticas do componente Curricular Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde, do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. As práticas se desenvolveram na sede da coordenação do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário, onde os índices de Tuberculose, apesar de decrescentes, são elevados, demandando a melhor utilização possível das ferramentas de gestão. O objetivo realizar um diagnóstico da situação de saúde com ênfase na tuberculose e implantar o Mapa Dinâmico da Tuberculose no ano de 2014, para melhor acompanhamento da incidência do agravo segundo bairro de ocorrência. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Durante as práticas curriculares em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde, o grupo identificou a necessidade de conhecer melhor o perfil da Tuberculose no Distrito Sanitário, uma vez que, segundo o diagnóstico do Plano Municipal de Saúde, este agravo apresenta altos índices no município e no distrito em questão. Para tanto recorreram às ficas de notificação e ao consolidado de informações do DATASUS, disponibilizado pela coordenação da Vigilância Epidemiológica. Verificou-se, inconsistência entre as informações, além de duplicidade de registros. A partir de então, o grupo passou a separar os casos por bairro de ocorrência, sexo e co-infecção com HIV. Foram excluídos os registros em duplicidade até o final da prática em novembro de 2014, 127 casos foram notificados, dos quais 79 eram homens e 48 mulheres. Destes, dez apresentavam co-infecção com o HIV. Os dados foram transferidos para um mapa (fotografia de satélite), com uma marcação para cada caso no local de residência e diferenciação de cores entre sexos (Homens em verde e mulheres em amarelo), aos casos com HIV, foi adicionado um marcador vermelho. O mapa foi instalado junto à digitadora dos agravos de notificação, que ficou também com a atribuição de inserir os novos registros no mapa e excluir os casos que tiveram alta. RESULTADOS: O mapa foi muito bem recebido pela equipe gestora que considerou que criou uma perspectiva ampliada da situação do agravo no distrito. A enfermeira responsável pelo programa no nível distrital apresentou o mapa em reunião à gestão municipal. Como dificuldades posteriores à prática curricular, observou-se uma não continuidade da utilização do mapa, principalmente durante as férias da digitadora. Como sugestão, a responsabilidade da atualização do mapa não deve ser centralizada em uma pessoa (digitadora), pois na sua ausência, o preenchimento não é adequado, além disso o mapa dinâmico deve ser orientador da rotina dos trabalhos em gestão, servindo como pauta para reuniões e tomada de decisão em saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A compreensão da dinâmica no território é elemento fundamental para a tomada de decisão em saúde. Na graduação em enfermagem, durante as práticas realizadas, os estudantes têm contato com diversas ferramentas através de práticas e leituras, além de diversas outras que podem criar e adaptar à realidade. O mapa dinâmico permitiu que o grupo analisasse de uma forma abrangente, a situação de um agravo específico no território e a possibilidade da utilização do mapa em outras experiências de gestão.

Palavras-chave


TUBERCULOSE; EPIDEMIOLOGIA; GESTÃO EM SAÚDE

Referências


ABREU, GRF. FIGUEIREDO, MAA. Abandono do tratamento da tuberculose em Salvador, Bahia – 2005–2009. Revista Baiana de Saúde Pública. v.37, n.2, p.407-422 abr./jun. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. O controle da tuberculose no Brasil: avanços, inovações e desafios. Boletim Epidemiológico. v. 44, n. 02, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.  Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília, DF, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral de Doenças Endêmicas. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2004.

BRASIL. Ministério da saúde. Departamento de IST, Aids e hepatites virais. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/node/40144>.  Acesso em 15 de março de 2015.

JAMAL, LF; MOHERDAUI F. Tuberculose e infecção pelo HIV no Brasil: magnitude do problema e estratégias para o controle. Rev Saúde Pública;41(Supl. 1), p, 104-110, 2007.

PAIM, J. S; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde Coletiva Teoria e Prática. Problemas da Saúde da População Brasileira e seus Determinantes. Cap. 8 p. 97-119. Editora Medbook, 2013.

SALVADOR. Prefeitura Municipal de Salvador. Secretaria Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde 2014-2017. Salvador, Bahia – BA, 2014.

SALVADOR. Prefeitura Municipal de Salvador. Secretaria Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde 2010-2013, Salvador, 2010.