Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A formação dos profissionais residentes na área da saúde coletiva em interface com a saúde do campo
Camille Correia Santos, Idê Gomes Dantas Gurgel

Última alteração: 2015-10-22

Resumo


A Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA) tem como objetivo melhorar o nível de saúde das populações do campo por meio de ações e iniciativas que promovam o acesso aos serviços de saúde, redução de riscos à saúde decorrentes dos processos de trabalho e melhoria dos indicadores de saúde e da qualidade de vida. Nesta perspectiva de desenvolver essas ações, é que o plano operativo da política propõe repensar a formação dos profissionais de saúde por meio da educação permanente e educação popular em saúde com ênfase nas populações do campo, da floresta e das águas. Umas das estratégias de formação que está em expansão no país é o Programa de Residência em Área Profissional da Saúde que é voltado para a educação em serviço e destinada as categorias profissionais que integram a área da saúde. Pernambuco é um estados do Nordeste que mais tem investido nesta modalidade de formação, contando com mais de 60 programas de residências na área da saúde, possuindo 10 programas no campo da saúde coletiva. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é analisar o conteúdo de saúde no campo desenvolvido nos programas de formação profissional no campo da saúde coletiva em Pernambuco. Trata-se de um trabalho qualitativo realizado a partir de análise documental. Analisou-se as propostas de formação profissional na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) e na PNSIPCFA por meio de documentos: portarias, plano operativo, seminários e oficinas. Para identificar as experiências de formação profissional nas residências no campo da saúde coletiva em Pernambuco que considere a saúde do campo foi realizado análise dos currículos pedagógicos, ementas de disciplinas dos programas de residências em saúde coletiva do Estado de Pernambuco, bem como seminários e oficinas realizadas pelos programas de residência. Dentro do universo de análise a temática de saúde no campo não é comtemplada nos projetos pedagógicos das residências no campo da saúde coletiva; Os programas de residência no campo  da saúde coletiva ainda são frágeis para atender a complexidade da (re)orientação profissional voltada para o olhar ampliado da saúde; Dentre o universo de expansão das residências no estado, apenas 10 residências são no campo da saúde coletiva, sendo 5 de saúde coletiva e 5 de saúde da família, sendo que apenas 3 são interiorizadas e apenas 1 aborda a  saúde do campo; Atualmente no estado tem-se construído algumas experiências pontuais como a formação de um coletivo de saúde no campo; o programa de residência em saúde da família com ênfase na saúde do campo e o programa do Versus com ênfase na saúde do campo. Diante desse cenário de formação profissional em saúde, fica evidente a necessidade de repensar a formação de saúde nos programas de residências no campo da saúde coletiva para um olhar ampliado, contextualizado com a saúde e a vida da população do campo.

Palavras-chave


saúde do campo; educação permanente; residência

Referências