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INTRODUÇÃO: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) tem como objetivo principal a transformação da prestação de serviços à população, por meio da reorientação da formação profissional (integrando ensino e serviço) e da abordagem integral do processo saúde-doença, com ênfase na Atenção Básica. Este trabalho busca apresentar alguns aspectos na vivência no PET-Saúde que serão incorporados na prática profissional. DESENVOLVIMENTO: As atividades foram desenvolvidas na Diretoria de Atenção a Saúde, na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município de Goiânia, no período de 2013 a 2014. Essa experiência foi inovadora, pois ambos os cursos, nutrição e medicina, não contemplam vivências na gestão do SUS em suas respectivas grades curriculares. Foi possível ver a nível central o fluxo em saúde entre os diferentes níveis de atenção, mas o enfoque foi nos serviços prestados pela atenção básica, bem como funciona sua relação mediadora entre o Ministério da Saúde e as unidades de saúde. Para além dos aprendizados em gestão de saúde houve sempre a problematização sobre o serviço oferecido na ponta do sistema, ou seja, nas unidades de saúde. A preceptora sempre nos trouxe reflexões sobre a prática multiprofissional entre profissionais de saúde, bem como a relação do profissional e usuário, isso foi muito importante para instigar a humanização para com o usuário. Saber que o usuário carrega uma história, simbolismo e autonomia é essencial, pois o serviço prestado não se trata de uma ação vertical e assistencialista, mas sim de uma atividade de educação de saúde não sendo restrita ao consultório, mas sim que as práticas de saúde serão continuadas ao longo da sua vida e interações interpessoais deste usuário. Um exemplo interessante foi observar entraves de resolutividade na Atenção Básica, observamos o processo de uma usuária do SUS que tendo sido consultada na UBS e diagnosticada com infecção urinária ainda teve mais 3 passagens na emergência em diferentes Centro de Saúde por conta da infecção urinária. Presumi-se que a falta de conhecimento da paciente a levou a não continuidade do tratamento farmacológico e assim ela retornou ao serviço, mas dessa vez na emergência pelo agravamento do estado da infecção. RESULTADOS: A experiência multiprofissional foi incrível a oportunidade de interação de saberes coletiva (bolsistas e a preceptora) desde a realidade do curso, percepção do Sistema Único de Saúde até as atividades desenvolvidas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A contribuição da preceptora foi muito valiosa, pois a maneira que trouxe suas experiências profissionais, sempre usando a educação popular como metodologia nos ensinar algo, sua orientação de leitura nos introduziu obras de Paulo Freire, sem dúvida é um modelo de profissional que levaremos como referência na prática profissional.