Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Aprendizagem híbrida: avaliação da perspectiva de alunos do 4º ano de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Lais de Oliveira Lima, Adélia Delfina da Motta Silva Correia, Elizete da Rocha Vieira de Barros, Taise Namie Nakata, Flávia Palla Miranda, Kamila Folha Falcão, Bethania Silva Ramos, Ernesto Antonio Figueiró Filho, Tatiana dos Santos Russi

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: Este relato tem como objetivo apresentar a experiência de ensino híbrido - blendedlearning - em duas disciplinas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Famed-UFMS) em Campo Grande, da perspectiva dos alunos. A aprendizagem híbrida é a mesclagem de métodos virtuais e presenciais, com momentos em que o aluno estuda sozinho, com o apoio de um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e outros em que a aprendizagem acontece presencialmente, valorizando a interação entre os pares. A oferta dessa forma de ensino se adapta à proposta contida nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de Medicina no Brasil, editada em 2014, já que estas apontam para a utilização de metodologias que, enfatizem a participação ativa do aluno na construção do conhecimento e integração entre conteúdo e práticas. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O presente relato trata da experiência em duas disciplinas do 4º ano do Curso de Medicina, "Atenção à Saúde da Mulher" e "Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente". Estas disciplinas são organizadas em módulos de 9 semanas cada, com carga horária média semanal de 28 horas, das quais 8 horas são dedicadas à integração da disciplina com a Saúde da Família e Comunidade e ao estágio em Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF). Neste período, foram realizadas atividades síncronas e assíncronas. Nas atividades síncronas, houve aulas práticas que ocorreram no Hospital Universitário, no Hospital Regional e em 8 UBSF. Houve também a oferta de aulas tradicionais, bem como o uso de metodologias ativas como a aprendizagem baseada em equipes, a aprendizagem baseada em problemas, usando casos complexos fornecidos pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Também se lançou mão de um AVA Moodle, onde foram disponibilizados manuais, guias de ensino, aulas gravadas e biblioteca complementar. Ele também foi usado para fóruns de discussão para o caso complexo, assim como para as experiências no cenário das UBSF. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: O método utilizado permitiu maior integração entre os participantes, com a consequente troca de experiências em pequenos grupos. Foram desenvolvidas atividades coletivas que provocaram o hábito de buscar soluções em equipe, bem como a experiência no ambiente hospitalar e da Atenção Primária à Saúde (APS). No entanto, vale registrar que entre as dificuldades encontradas, podem ser citadas: maior tempo de dedicação para estudos e pesquisas, que não faziam parte da rotina; o choque de realidade com a APS, já que até esse período os alunos só tinham tido contato com o hospital; o trabalho em pequenos grupos; aulas mais longas que de costume. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora a aprendizagem híbrida ainda não seja parte da rotina das disciplinas como um todo no curso, permitem a expansão da aprendizagem, sendo importante, portanto, ampliar a inclusão de metodologias ativas, usadas adequadamente, unidas às tecnologias de comunicação e informação, tanto presencial quanto virtualmente, apoiadas pelo professor, já a partir do primeiro ano da graduação, tornando-se parte constante da vida acadêmica.

Palavras-chave


aprendizagem híbrida; aprendizagem ativa; educação médica.

Referências


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