Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Saúde Bucal na Ação Programática da Criança: indicadores e metas de um Serviço de Atenção Primária à Saúde
Daniel Demétrio Faustino-Silva, Anna Schwendler, Cristianne Famer Rocha

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A primeira infância é o período ideal para introduzir bons hábitos e iniciar um programa educativo/preventivo de saúde bucal. Por ser fundamental a priorização de ações educativas voltadas a esse Público na Atenção Primária à Saúde, o Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (SSC-GHC) implantou, em suas 12 Unidades de Saúde (US), uma Ação Programática de Saúde Bucal com o propósito de que todas as crianças nascidas a partir de 2010 recebam ao menos uma consulta odontológica anual, até o quarto ano de vida. Por se tratar de um projeto piloto, não houve um critério para o estabelecimento das metas de cobertura e nem diretrizes para o cumprimento das mesmas. Portanto, neste momento, passados 4 anos da inclusão do indicador da saúde bucal, faz-se necessário uma avaliação quantitativa dos resultados referentes ao alcance das metas pelas Equipes até o momento. Por isso, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar o cumprimento das metas de saúde bucal da Ação Programática da Criança em 12 Unidades de Saúde (US) de um Serviço de Atenção Primária à Saúde, Porto Alegre-RS, através de um estudo analítico transversal sobre a cobertura das consultas odontológicas anuais na primeira infância. Foram incluídas no estudo 660 crianças nascidas em 2010, cujos dados foram coletados do sistema de informações do GHC. Resultados: em relação à cobertura das consultas odontológicas a cada ano de vida da criança, as unidades de saúde não atingiram as metas estabelecidas (100%). A maior parte das crianças (41%) realizou sua primeira consulta no primeiro ano de vida. Em relação ao número total de consultas, 22% das crianças nunca consultaram e apenas 8% realizaram as quatro consultas preconizadas. Houve correlação positiva entre a razão da população total e de crianças de 0-4 anos da área adscrita com o número de profissionais da odontologia e a cobertura no primeiro ano de vida de cada US. Conclusão: apesar de poucas crianças terem o acompanhamento adequado em relação às metas estabelecidas pelo serviço, os percentuais de cobertura foram superiores aos encontrados na literatura, demonstrando a importância das Ações Programáticas para o acesso em saúde bucal na primeira infância.

Palavras-chave


Criança; Serviços de Saúde Bucal; Vigilância em Saúde Pública; Acesso aos Serviços de Saúde.