Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Adolescente, aparelhos eletrônicos e internet: um indicativo de problemas comportamentais?
Rafaela Almeida Silva, Paloma Maranhão Ferreira Silva, Jéssica Ferreira de Moura Pereira, Diana Carla Dias dos Santos, JAKELLINE CIPRIANO DOS SANTOS RAPOSO, Betânia da Mata Ribeiro Gomes

Última alteração: 2015-10-22

Resumo


APRESENTAÇÃO: Com o advento da Internet e o desenvolvimento de novas tecnologias, é possível observar mudanças nas relações sociais vivenciadas pelos usuários desses dispositivos. A adolescência sofre forte influências culturais, sendo uma fase em que se nota uma interferência direta dessas tecnologias, que ao mesmo tempo que aproxima, também separa, pois é possível perceber como o advento e o acesso, cada vez maior as novas tecnologias, têm motivado modificações na maneira como os indivíduos se comunicam, se relacionam, aprendem, e inclusive, se comportam. Tendo em vista o que foi exposto, o objetivo desta pesquisa é verificar o tempo de uso de aparelhos eletrônicos pelos adolescentes e quais os mais utilizados por eles, com seus possíveis sinais de alerta para problemas comportamentais. Desenvolvimento do trabalho: Foi adotado o delineamento de um estudo epidemiológico transversal. A amostra não probabilística foi constituída por estudantes de ambos os sexos, matriculados em uma escola da rede pública estadual, da região metropolitana do Recife. Os dados foram coletados através de um questionário orientado, por questões construídas com base no modelo proposto por Hughes-Hassell e Agosto (2007). Resultados: A maior parte dos entrevistados é do sexo feminino (52,6%) e cursando o segundo ano do ensino médio (42,9%). As análises demonstraram que a maioria tem acesso à internet (99,6%), utilizando-a diariamente (88,7%) e por mais de 10 horas por dia (59,4%). Houve um predomínio do uso de dois ou mais aparelhos (70,3%), sendo que o mais utilizado foi o smartphone (65,4%). Foi observado que há um sentimento negativo (ansiedade, irritação, apreensão, tédio e falta de concentração) quando os adolescentes são proibidos de usar (66,8%) ou ficam longe do aparelho por algum tempo (66,8%). Os adolescentes também relataram sentir-se dependente (62,9%) dessas tecnologias. Considerações finais: Os estudantes estão utilizando a internet de forma excessiva, podendo relacionar problemas comportamentais associado a padrões alarmantes do uso, assim como de suas consequências quando proibidos ou distanciados do objeto tecnológico. É necessário refletir sobre como o setor saúde está preparado e/ou capacitado para lidar com esse quadro cada vez mais frequente, visto que essa realidade, no Brasil, ainda é recente e as pesquisas são incipientes.

Palavras-chave


adolescente; internet; saúde mental